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Entenda por que a energia elétrica influencia no aumento da inflação

No cálculo da inflação, a energia elétrica corresponde a cerca de 25% do grupo habitação, que teve a maior contribuição no IPCA de setembro

A alta do preço da energia elétrica residencial, devido ao acionamento da bandeira tarifária vermelha nos últimos meses, mostrou-se a principal responsável pelo aumento da inflação entre agosto e setembro.

Dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, mostram que a energia elétrica será a responsável por impulsionar o IPCA em outubro.

Atualmente, o IPCA está em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro. No mês passado, a inflação cresceu 0,44%, puxada principalmente pelo aumento dos preços da energia elétrica (5,36%).

No cálculo da inflação, o subitem energia elétrica corresponde a cerca de 25% do grupo habitação. Em setembro, a habitação teve a maior contribuição no índice geral, com variação de 1,8%.

De acordo com Pedro Coletta, analista de energia da Equus Capital, além do impacto nas contas dos consumidores, o preço da eletricidade afeta indiretamente outros setores, como a indústria e os serviços.

“A variação nos preços de eletricidade influencia de maneira ampla, podendo pressionar a inflação quando há aumento e aliviá-la em momentos de redução dos custos”, explica o analista. “Uma alta na eletricidade acaba inflacionando uma série de produtos e serviços, ampliando seu impacto na economia”, completa.

Coletta ainda ressalta que as famílias de menor renda são mais sensíveis a esses aumentos. Isso, ainda segundo ele, “pode levar à redução do consumo de energia, afetando seu bem-estar e até a saúde pública”.

Inflação acende alerta para o governo

O avanço da inflação acendeu um alerta para a equipe econômica do governo federal, visto que a inflação segue se aproximando cada vez mais do limite da meta estabelecida para 2024, de 4,5%.

O centro da meta para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, com piso de 1,5% e teto de 4,5%.

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