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Mãe chora ao ver a filha que vende lanche com ela passar no TAF da PM do Amapá

Por RODRIGO ÍNDIO

Érika Palheta, de 43 anos, é o retrato de muitos brasileiros que lutam diariamente pelo sustento da família. Nos últimos dias, ela proporcionou uma cena de inspiração e amor incondicional pela filha.

A autônoma foi flagrada de joelhos na calçada do comando geral da PM, enquanto sua filha Emilly Palheta, de 24 anos, fazia o Teste de Aptidão Física (TAF) da PM do Amapá.

Érika foi flagrada de joelhos orando pela filha…

… Emoção tomou conta de mãe e filha!

Na última quarta-feira (10), quando ela viu a filha integrando o pelotão de aprovados do processo que durou seis dias, não conteve a emoção. Mesmo em êxtase, a mulher disse o que simbolizavam suas lágrimas.

“Muita felicidade. Depois de muito sacrifício ela merecia. A gente tem muito orgulho dela, muito orgulho mesmo. Estava muito apreensiva antes do resultado, o coração só fica confortável agora que a gente tem certeza que acabou essa etapa, virão as outras, mas serão mais fáceis em nome de Jesus. Gratidão a Deus por passar por tudo”, falou Érika.

A jovem Emilly descreveu que a fé através do apoio da mãe, do pai e da irmã, lhe fez vencer seus medos no dia do teste.

“Antes disso eu já tinha treinado, já tinha feito de tudo e não tinha conseguido fazer a barra, e a minha barra só saiu naquele dia. Na hora que ela se ajoelhou para orar, foi quando ela viu minha amiga sair reprovada e que aquilo poderia me abalar, e me abalou. Então coloquei a mão no terço que estava no meu bolso e comecei a ora na fila esperando a minha vez, foi tipo uma conexão minha e dela com a fé. E deu tudo certo. Tenho muito orgulho da minha família e tudo foi por eles”, detalhou Emilly.

A família de Emilly sempre foi batalhadora. Eles moravam no conjunto Macapaba 2, na zona norte de Macapá. Com início da pandêmia, o pai da jovem teve covid-19 e quase a doença lhe vence, porém, felizmente, ele resistiu. Entretanto, o trabalhador acabou perdendo seu táxi.

Após teste na piscina, mãe voltou a beijar a filha

Por conta da situação crítica, eles começaram a vender lanches. Devido a baixa nas vendas e com as dificuldades aumentando decidiram sair do habitacional.

“Emprestamos dinheiro e alugamos uma casa para seguir a vida no bairro Boné Azul. Daí melhorou. Comecei a treinar e hoje consegui. De tarde estamos em pé na praça do bairro fritando [salgados] e vamos trabalhando assim, com muIto orgulho”, concluiu Emilly.

A jovem também já vendeu laços para se manter. Agora, segue focada para brevemente servir e proteger à sociedade amapaense.

Emilly e Érika vendem lanches
  • Concurso de soldado da PM

No total, 640 candidatos participaram da Avaliação das Capacidades Físicas em corrida de 12 minutos, resistência abdominal, flexão de cotovelos na barra fixa, salto em altura e natação.

Passadas as primeiras fases do certame, as etapas seguintes serão: Exame Documental e Médico; Exame Psicológico; Investigação Social e Curso de Formação Policial Profissional, previsto para o segundo semestre desse ano.

Os editais de convocação para as próximas etapas serão publicados no website da Secretaria de Administração (Sead).

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