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Brasil: avanço do mar é real, derruba casas e gera prejuízo

Consequências do avanço do mar já são enfrentadas em diversos locais do litoral brasileiro, em cidades de Ceará, Sergipe, Paraíba e SP

O avanço do mar sobre faixas de areia e propriedades particulares já é realidade em alguns locais do litoral brasileiro. O que antes ficava, apenas, no campo das projeções e previsões ambientais já faz parte do dia a dia de milhares de pessoas que vivem ao longo dos mais de 7,4 mil km de faixa costeira no país.

Do litoral paulista às praias do nordeste, o mar dá sinais rápidos de avanço e aumenta a tensão de quem se acostumou a viver nesses locais por décadas e que agora vivencia a mudança brusca das paisagens.

Além de desafiar o poder público sobre quais medidas tomar, essa situação aumenta, e muito, o temor em relação ao que está por vir. Nessa terça-feira, (26), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, emitiu um alerta global sobre o tema.

No Brasil, as consequências já geram prejuízos. No dia 20 de agosto, mais uma casa foi destruída pela força das águas do mar na Praia do Saco, em Estância (SE), cidade que fica a 70 km de Aracaju. Assim como ela, pelo menos outras 14 foram atingidas e desocupadas no local, nos últimos anos, em razão do avanço do oceano.

O presidente da Associação Comunitária de Moradores da Praia do Saco, Camilo de Lelis Ramos, conta  que viver na região virou sinônimo de “tensão eterna”. “A situação está mudando rapidamente. Onde o mar chegou, ele não recuou mais. Só avançou”, descreve ele.

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