Comitiva amapaense se reúne com Ministro de Minas e Energia sobre reajuste tarifário no Estado
O governador Clécio Luís liderou uma comitiva de políticos que se reuniram com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em Brasília, para tratar de energia elétrica. A visita, articulada pelo senador Davi Alcolumbre, definiu medidas que devem reverter os efeitos da proposta de reajuste de mais de 44% da CEA Equatorial Energia.
No dia 12 de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública para avaliar uma proposta de reajuste tarifário extraordinário médio de 44,41%, o que afetaria negativamente 221 mil unidades consumidoras do Amapá. A previsão é que o aumento seja efetivado no dia 13 de dezembro.
O ministro sinalizou ao governador que vai estudar uma medida provisória para sugerir ao Congresso Nacional que possa reduzir imediatamente e a longo prazo a tarifa de energia no estado e na região. Em outra frente de atuação, o Governo do Estado vai propor medidas administrativas para diminuir os valores cobrados.
“Esse reajuste é impagável e não cabe no bolso da maioria dos amapaenses. Nós queremos saber exatamente quais são as variáveis para poder encontrar caminhos justos. De modo administrativo, vamos acionar a Aneel. O ministro Alexandre Silveira se prontificou a apresentar ao presidente Lula uma proposta para que se resolva estruturalmente, por meio do Legislativo, esse problema que não é só do Amapá”, afirmou o governador.
Para o ministro Alexandre Silveira, a realidade da energia no Norte e Nordeste do país é um problema do setor elétrico brasileiro e, portanto, deve ser debatido por todos.
“Tivemos eventos que impactaram fortemente a tarifa no Brasil. Um deles foi a escassez hídrica o que, infelizmente, impactou todo o Brasil, e as contas começaram a ser pagas esse ano pelo consumidor, principalmente aquele que mora no Norte ou no Nordeste. Queremos encaminhar uma medida provisória que faça justiça com a tarifa. A energia elétrica é um componente fundamental ao desenvolvimento nacional, além do emprego e renda”, garantiu o ministro de Minas e Energia.
A intenção é que sejam propostas soluções para que a cobrança feita aos usuários do serviço ocorra de forma justa.