“Qual sua pretensão salarial?”: como responder pergunta clichê em processos seletivos?
A forma de responder pode definir seu futuro no processo seletivo; especialistas dão dicas para aumentar sua chance

A entrevista de emprego pode ser um momento delicado para algumas pessoas. Fatores como ansiedade e preocupação para conseguir a vaga tendem a se acentuar durante a conversa entre candidato e recrutador.
Um dos momentos cruciais da entrevista de emprego é a hora de responder a famosa pergunta: “Qual sua pretensão salarial?”. A forma de falar e o que você diz nesse momento, segundo especialistas consultados pelo Terra, pode definir não só se você será contratado para a vaga que está pleiteando, mas também seu sucesso em outros processos seletivos.
De acordo com profissionais experientes em gestão de pessoas e recursos humanos, apesar do tabu criado em cima da pergunta, ela é relevante para os profissionais de recrutamento. Com a resposta, o time de RH economiza tempo e recursos da empresa, e coloca nas etapas seguintes apenas candidatos que realmente estejam alinhados ao escopo da vaga.
“A pergunta é um filtro, ela evita desperdício de tempo para ambas as partes”, comenta Rosana Daniele Marques, especialista em recursos humanos e diretora da Croma Consultoria de Recursos Humanos.
Andrea Deis, doutora em Administração de Empresas e especialista em Neurociência, completa: “Essa pergunta é que vai definir se existe um match [combinação] entre a expectativa do candidato e o que a empresa vai oferecer”
As consequências da resposta
A pretensão salarial é uma informação importante e você já deve ir para entrevista de emprego sabendo a sua. Segundo especialistas, não adianta ter uma ótima conversa com o gestor, realizar um bom teste, passar nas várias etapas do processo, mas responder a pergunta de forma errada. Para infelicidade de muitos, a questão tem teor eliminatório. Por mais que consiga a vaga, é o candidato quem sai perdendo no futuro.
“A honestidade é sempre importante em uma entrevista, incluindo ao discutir a pretensão salarial”, destaca Rosana. “Esquivar-se da pergunta sobre salário pode não ser a melhor estratégia, pois pode ser interpretado como falta de transparência. No entanto, há maneiras de responder, caso o candidato prefira discutir isso mais tarde ou quando houver uma oferta formal. É comum ouvirmos que o candidato está aberto a propostas”.
Elevar ou diminuir muito sua expectativa de remuneração também não é uma boa ideia. É compreensível que muitas vezes a pessoa precise da vaga para pagar contas, mas se não for estratégico, pode acabar em um cargo recebendo bem menos do que poderia. Além disso, um piso exorbitante demonstra que o profissional não está atento ao mercado.
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