A Petrobras, que tem direito de preferência nos blocos, saiu como operadora de três dos 11 blocos negociados
O governo negociou nesta sexta-feira (16) quatro blocos para a exploração e produção de petróleo no pré-sal, sob um novo modelo de leilão de oferta permanente, de um total de 11 ofertados. Os arremates resultaram na arrecadação de R$ 916 milhões para a União em bônus de assinatura, de acordo com dados da reguladora do setor ANP.
A Petrobras saiu como operadora de três dos blocos negociados: Água-Marinha e Sudoeste de Sagitário, como integrante de consórcios, e Norte de Brava, como única licitante.
O bloco Bumerangue foi arrematado pela BP. No caso de Água-Marinha, a área foi levada por Petrobras, TotalEnergies, Petronas e QatarEnergy, no pré-sal da bacia de Campos.
O consórcio original de TotalEnergies, Petronas e QatarEnergy havia derrotado oferta feita pela própria Petrobras, em parceria com a Shell. Pela lei, a petroleira estatal do Brasil tem direito de preferência em áreas do pré-sal.
Ao arrematar o bloco, o consórcio pagará um bônus de assinatura de R$ 65,443 milhões à União. Com a nova configuração do consórcio, Petrobras ficou com 30% de participação, TotalEnergies com 30%, Petronas com 20% e QatarEnergy com 20%.
Já em Norte de Brava (em Campos), onde a Petrobras também havia manifestado interesse em ser operadora, a companhia derrotou um consórcio concorrente formado por Equinor e Petronas e levou a área sozinha, com óleo-lucro de 61,71%.
Em Sudoeste de Sagitário, na bacia de Santos, a Petrobras venceu em consórcio com a Shell com um lance de 25% de óleo-lucro para a União, ante percentual mínimo de 21,3%, sem concorrência. Já a oferta do bloco Bumerangue, em Santos, foi vencida pela BP, também sem concorrência, com oferta de 5,9% de óleo-lucro, ante percentual mínimo de 5,66%.