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Prefeitura de Macapá entrega Museu do Negro e valoriza a história viva da população afrodescendente

O Museu de Artes, Culturas e Memórias Negras foi inaugurado nesta sexta-feira (27) pela Prefeitura de Macapá, como o primeiro espaço cultural permanente da cidade voltado exclusivamente à valorização da história, da arte e da identidade da população negra.

O museu é coordenado pelo Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Improir) e reúne um acervo diverso e vivo: esculturas africanas, fotografias históricas, objetos do cotidiano, cerâmicas quilombolas, arte contemporânea e livros.

Memórias e vozes da ancestralidade negra

Entre esculturas, fotografias e objetos de memória ancestral, a sala de arte e literatura abriga também palavras que atravessam o tempo.

Macapá é a segunda capital brasileira com o maior percentual de população negra, com 76% dos moradores se autodeclarando pretos ou pardos, segundo o Censo 2022 do IBGE. Esse dado reforça a importância do museu como um espaço que valoriza e preserva a identidade afro-amapaense, refletindo a diversidade e a força cultural dessa população.

Estrutura e funcionamento

A estrutura abriga três salas expositivas: uma permanente, uma temporária e outra dedicada ao Marabaixo. A sala literária é um espaço de encontro entre palavras e pertencimento, onde autores e autoras negros do Amapá passam a ocupar, com dignidade, o lugar de referências culturais.

Um momento importante durante a entrega aconteceu quando o prefeito de Macapá sancionou a Lei nº 2.927/2025, oficializando a criação do Museu de Artes, Culturas e Memórias Negras de Macapá. A norma estabelece o museu como uma instituição pública permanente, com a missão de preservar, valorizar e comunicar o patrimônio material e imaterial construído pelas populações negras no município.

“Macapá é uma cidade construída pelo trabalho e pela cultura do povo negro. Este museu é um gesto de respeito, de reparação e de compromisso com a verdade da nossa história”, afirmou o prefeito Dr. Furlan durante a cerimônia de sanção da lei.

O museu funcionará de terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada gratuita. Além das exposições, contará com biblioteca, sala de pesquisa, loja cultural e espaço multiuso para eventos, oficinas e rodas de conversa.

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