Brasil

Seis estados respondem por 84% dos casos de dengue no Brasil

Em 2024, mais de 6,4 milhões de casos prováveis foram registrados no país, um aumento de de 303,2% quando comparado a 2023

São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Santa Catarina acumulam 84% dos casos de dengue registrados nas últimas semanas, e a tendência de aumento colocou-os em monitoramento pelo Ministério da Saúde. A pasta trouxe o alerta durante a abertura preventiva do COE (Centro de Operações de Emergência em Saúde) para Dengue e outras Arboviroses, nesta quinta-feira (9).

”Ainda não estamos numa situação de emergência (para a dengue). Estamos em mobilização e alerta”, afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. A função do COE é monitorar o cenário epidemiológico dessas doenças e coordenar nacionalmente seu enfrentamento. Historicamente, os casos de dengue costumam subir entre o fim de fevereiro e maio.

No ano passado, a dengue atingiu patamares inéditos no País. Foram mais de 6,4 milhões de casos prováveis, um aumento de 303,2% quando comparado a 2023, de acordo com nota técnica publica pela pasta na sexta-feira, 3. Foram mais de 6 mil mortes e outras 875 seguem em investigação.

Em 2025, até quarta-feira (8), foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 óbitos estão em investigação. Mais de 50% dos casos estão concentrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com a modelagem preditiva do InfoDengue, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), para a nova temporada da doença no País, estima-se que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná apresentarão uma incidência acima da observada em 2024. No entanto, esses modelos não consideram a expansão do sorotipo 3 do vírus que tem se desenhado nas últimas semanas.

”Não temos nenhuma estimativa. A nossa estimativa é reduzir o número de casos. (Nossa estimativa) Não pode ser não ter dengue. Isso seria um sonho, uma utopia. Nesse momento, a meta é reduzir o número de casos e, ao mesmo tempo, com muita prioridade, evitar as mortes”, frisou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo