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Clubes de futebol se posicionam de forma contrária à reforma tributária

Aumento em tributação para SAFs de 5% para 8,5% pode ameaçar investimentos e futuro financeiro das agremiações, dizem times

Por meio de um comunicado emitido nas redes sociais, os clubes brasileiros se posicionaram de forma contrária aos impactos da reforma tributária. O receio dos dirigentes é que as mudanças possam ameaçar os investimentos e o futuro financeiro das agremiações.

O texto foi divulgado pela Liga Forte União do Futebol Brasileiro e pela Liga do Futebol Brasileiro, que representam ao menos 40 clubes no país, antes de a Câmara dos Deputados aprovar o projeto que regulamenta a reforma.

Atualmente, a Lei da SAF estabelece o Regime de Tributação Específica do Futebol, no qual 5% das receitas de uma SAF devem ser recolhidos mensalmente.

A redação final da proposta que regulamenta a reforma tributária aprovada pela Câmara ampliou esse tributo para 8,5%, mudando a proposta do Senado, que era de manter a taxa em 5%.

No comunicado, as entidades dizem que “a aprovação desta alteração, caso se confirme, poderá impedir a criação, como já se anuncia dentro e fora do País, do futuro maior mercado do planeta; e, pior: afastar investimentos futuros, com enormes impactos esportivos, sociais e econômicos; e desincentivar projetos em andamento – inclusive aqueles que já se revelam exitosos”.

A mudança tributária, segundo os clubes, pode afetar as várias fases de um planejamento esportivo como investimentos nas categorias de base, criação e melhorias de estádios e Centros de Treinamentos e afetar na contratação de atletas e na captação de patrocínios.

A elevação dos custos seria um perigo ainda maior para as equipes de menor porte, que buscam um horizonte no cenário esportivo por meio de apoio de investidores.

A nota informa que a criação da SAF facultou aos clubes a adoção de um modelo empresarial destinado especificamente à administração do futebol.

Em menos de três anos, de acordo com o comunicado, “95 clubes ao redor do Brasil se transformaram ou nasceram enquanto SAFs”. O texto ressalta que, “das agremiações que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro, 40% utilizam esse formato de administração”.

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