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Distribuidora registra mais de 90 ocorrências de pipas na rede elétrica no 1º semestre do ano

Os riscos no sistema também são registrados em Santana, o segundo maior município com maior número de ocorrências

Durante o mês de julho, com a chegada das férias escolares, a prática de empinar pipas aumenta significativamente. Essa atividade, no entanto, pode causar sérios problemas à rede elétrica e colocar a vida das pessoas em risco se não for realizada corretamente. Por isso, a CEA Equatorial alerta sobre os riscos e impactos de soltar pipas próximo à rede elétrica.

De acordo com levantamento da distribuidora, de janeiro a junho de 2024 foram registradas 92 ocorrências de interrupção no fornecimento de energia em todo o estado devido à prática. Esse número é quase 130% maior do que o de 2023, quando ocorreram 40 interrupções.

Até junho de 2024, as cidades com mais registros causados por pipas na fiação foram: Santana com 40 ocorrências e Macapá com 39. Os municípios de Amapá, Ferreira Gomes, Mazagão, Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari e Tartarugalzinho também registraram ocorrências.

A executiva de segurança do trabalho da CEA Equatorial, Jordânia Sousa, explica o motivo e a necessidade de manter as pipas longe da rede elétrica.

“Queremos que a brincadeira ocorra de forma segura, então recomendamos que crianças e adolescentes sempre soltem pipas supervisionados por adultos, que jamais use fios metálicos ou papel laminado para confeccionar a pipa, pois eles são condutores de energia, e podem causar choques fatais e, principalmente, não solte pipas próximos à rede elétrica. Além disso, é importante dizer que se a pipa ficar presa nos fios elétricos, nunca tente retirá-la”, orienta Jordânia.

As pipas que ficam enroscadas na rede elétrica, provocam desgastes nos fios e curtos-circuitos em dias úmidos. Se houver contato, uma pessoa pode sofrer uma descarga elétrica de até 34.500 volts, o que pode ser fatal.

O uso de cerol (mistura de cola e vidro moído) ou da “linha chilena” é considerado crime pelo Código Penal Brasileiro. A movimentação dessas linhas compromete o isolamento dos condutores elétricos protegidos e pode romper os cabos de energia. O cerol pode conter limalha de ferro, substância que provoca curtos-circuitos e choques. Além disso, essas linhas representam um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral.

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