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Ataque de Israel a acampamento de refugiados em Rafah deixa 40 mortos

Organizações palestinas e da ONU criticam bombardeio de Israel, que ainda deixou pelo menos 65 feridos

De acordo com a defesa civil palestina, pelo menos 40 pessoas morreram e 65 ficaram feridas em um bombardeio de Israel contra um acampamento de refugiados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo o Exército, um de seus aviões “atingiu um complexo do Hamas na cidade, utilizado para operações de terroristas do alto escalão do grupo”.

“O massacre perpetrado pelas forças de ocupação israelenses desrespeita todas as resoluções internacionais“, de acordo com um comunicado divulgado pela Autoridade Palestina, que acusa o país adversário de ter “visado deliberadamente” o campo de Barcasat, administrado pela agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA), no noroeste de Rafah.

“Pedimos ao nosso povo na Cisjordânia, em Jerusalém, nos territórios ocupados e no exterior que se revoltem e manifestem sua indignação”, escreveu o movimento islâmico Hamas em um outro comunicado.

“Nos últimos nove dias, tivemos de fugir três vezes para o norte da Faixa de Gaza. As áreas residenciais são as mais visadas e a situação voltou a se agravar. Esta é uma guerra urbana. Somos alvos de disparos e as casas foram pulverizadas. A casa que acabamos de deixar foi destruída logo depois que saímos”, contou um morador ao correspondente da RFI em Jerusalém, Sami Boukhelifa.

Segundo ele, houve “uma enorme explosão” após o bombardeio. Os abrigos improvisados, feitos de lonas plásticas, rapidamente pegaram fogo e sobraram apenas as estruturas de ferro e os corpos carbonizados, descreveu.

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