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Qual será o tamanho do rombo de cada estado neste ano; veja ranking

Estudo da Firjan prevê que o déficit das 27 unidades federativas alcançará R$ 29,3 bilhões em 2024. Alguns buracos, porém, são imensos

Juntos, os estados brasileiros devem apresentar um déficit orçamentário de R$ 29,3 bilhões em 2024. A estimativa é que, das 27 unidades federativas, 23 delas – incluindo o Distrito Federal –, fechem o ano no vermelho, mas nem todos os buracos são iguais. Alguns deles têm proporções classificadas como “alarmantes”.

Os dados sobre o rombo dos estados foram estimados em um estudo recente, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com a análise, os maiores saldos negativos serão apresentados neste ano pelo Rio de Janeiro, de R$ 10,3 bilhões, e por Minas Gerais, de R$ 4,2 bilhões.

Na avaliação de Nayara Freire, especialista em estudos econômicos da Firjan, o Rio Grande do Sul (RS), que ocupa a quinta posição do ranking, já se encontrava numa situação estrutural delicada, com previsão de rombo de R$ 3,1 bilhões, mesmo antes da catástrofe provocada pelas chuvas. Agora, a situação só fez piorar.

Dívidas elevadas

Nayara observa que esses três estados, os destaques negativos do levantamento, vêm acumulando um estoque elevado de dívidas. O Rio, o RS e Goiás já estão no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O RRF permite que as unidades federativas tenham algumas regras fiscais flexibilizadas, concessão de operações de crédito e a possibilidade de suspensão do pagamento da dívida. Em contrapartida, devem cumprir obrigações que garantam a retomada do equilíbrio das contas. Minas está tentando aderir ao regime.

Rigidez orçamentária

Para a economista da Firjan, um problema estrutural comum aos entes federativos é a rigidez orçamentária. “Quase 50% do orçamento dos estados brasileiros é destinado a pagar despesas com pessoal ou juros e amortizações da dívida – que são despesas de caráter obrigatório”, diz o estudo.

Nó Previdenciário

Outro entrave estrutural que complica a situação fiscal dos estados é o desequilíbrio previdenciário, com despesas que superam as receitas. Nesse caso, o déficit do Rio é de R$ 13,7 bilhões. Em Minas e do RS, ele fica em R$ 10,1 bilhões e R$ 8,8 bilhões, respectivamente. O buraco total da Previdência das 27 unidades federativas é de R$ 86,1 bilhões, de acordo com o estudo da Firjan.

Quem está no vermelho

  1. Rio de Janeiro – R$ 10,3 bilhões
  2. Minas Gerais – R$ 4,2 bilhões
  3. Ceará – R$ 3,9 bilhões
  4. Paraná – R$ 3,5 bilhões
  5. Rio Grande do Sul – R$ 3,1 bilhões
  6. Bahia – R$ 2,1 bilhões
  7. Goiás – R$ 1,8 bilhão
  8. Santa Catarina – R$ 1,4 bilhão
  9. Roraima – R$ 1,2 bilhão
  10. Amazonas – R$ 843 milhões
  11. Distrito Federal – 812 R$ milhões 
  12. Paraíba – R$ 700 milhões 
  13. Pará – R$ 655 milhões 
  14. Mato Grosso do Sul – R$ 595 milhões 
  15. Piauí – R$ 558 milhões 
  16. Pernambuco – R$ 497 milhões 
  17. Rio Grande do Norte – R$ 417 milhões
  18. Sergipe – R$ 363 milhões 
  19. Maranhão – R$ 133 milhões 
  20. Tocantins – R$ 74 milhões 
  21. Acre – R$ 47 milhões 
  22. Alagoas – R$ 33 milhões 
  23. Rondônia – R$ 2 milhões

Quem está no azul ou no zero a zero

  1. São Paulo + R$ 7,1 bilhões
  2. Amapá + R$ 1 bilhão
  3. Espírito Santo + R$ 141 milhões
  4. Mato Grosso = zero
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