Mundo

Bombas incessantes e menção a arma nuclear: Israel esbarra em diferentes táticas por reféns

Recuperar os sequestrados pelos terroristas do Hamas é o objetivo primordial do Estado judeu neste momento

Resgatar os reféns sequestrados pelo Hamas é o objetivo primordial de Israel neste momento. Para tal, o Exército israelense vem apostando em diferentes estratégias: bombardeios incessantes à Faixa de Gaza, ofensivas em menor escala no Líbano – aliado do grupo terrorista palestino -, o cerco total do enclave e até mesmo a menção de uma bomba nuclear, feita pelo ministro israelense de extrema-direita Amichai Eliyahu.

A declaração de Eliyahu foi repudiada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que suspendeu o ministro de participar das reuniões governamentais. Segundo o premiê, “as declarações do ministro Amichai Eliyahu não são baseadas na realidade”, e o Estado age de acordo com regras internacionais para evitar ferir inocentes na guerra. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, também condenou a fala de Eliyahu.

Apesar de ter repreendido o ministro, Netanyahu vem sendo duramente criticado pela comunidade internacional pelos contínuos bombardeios em Gaza desde 7 de outubro – uma resposta ao ataque-surpresa do Hamas no sul de Israel que deixou 1.400 mortos. De acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, os ataques ao território palestino vitimaram ao menos 9.970 palestinos até o momento.

Embora haja uma crise humanitária iminente em Gaza, amigos e familiares dos reféns se opõem a um cessar-fogo, em coerência com Netanyahu. No último dia 30 de outubro, o primeiro-ministro descartou qualquer possibilidade de um armistício no território palestino, o que significaria, segundo ele, uma “rendição ao Hamas”. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Anthony Blinken, também se opõe a um cessar-fogo, mas defende uma pausa humanitária em áreas específicas para permitir a entrega de ajuda ou outras atividades humanitárias.

m paralelo aos bombardeios, o Exército de Israel deu início a uma incursão terrestre, que chega ao nono dia nesta segunda-feira (6) e tende a se intensificar nos próximos dias, com o objetivo de resgatar todos os reféns. Na última quinta-feira (2), as forças israelenses anunciaram que a cidade de Gaza, a maior da região, foi totalmente cercada.

Em discurso inflamado no sábado (4), um militar israelense prometeu a uma multidão de soldados que Israel conquistaria a Faixa de Gaza e o Líbano, acrescentando que o último mês de guerra foi o “mais feliz” da vida dele, com exceção das cenas de horror de 7 de outubro. A fala foi aplaudida pelos colegas, com alguns apelando à “conquista de Gaza”. Posteriormente, o homem foi chamado para dar esclarecimentos a seus comandantes.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo