O Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap) incentiva o cadastro no Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), um programa internacional que faz o cruzamento de dados entre possíveis doadores e os pacientes cadastrados em outro sistema, o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme).
Atualmente, mais de 33 mil amapaenses estão cadastrados no sistema, e em todo o Brasil, os registros chegam a 5 milhões. Quanto maior o número de cadastrados, maiores as chances de encontrar doadores e pacientes compatíveis entre si. O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para casos de câncer como leucemia e linfomas não-Hodgkin, além de anemias graves ou congênitas.
Segundo o responsável técnico do Redome no Hemoap, Fabiano Fonseca, tão fundamental quanto aderir ao sistema é manter os dados atualizados. Fonseca pontua que o primeiro cadastro é feito presencialmente no instituto, mas as atualizações cadastrais podem ser feitas integralmente pela internet.
“Um grande problema é que a maioria dos cadastros estão com telefone e endereço residencial desatualizados. Temos vários pedidos de localização de possíveis doadores, mas o contato é dificultado por causa disso”, explica.
- Transplante de medula óssea
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que compõe a parte interna dos ossos. É na medula que são produzidos diversos componentes do sangue, como hemácias, leucócitos e as plaquetas. O transplante consiste na substituição da medula óssea deficitária por células saudáveis, para que haja a reconstituição de uma nova medula.
De acordo com o Hemoap, cerca de 173 pessoas já foram selecionadas desde o início do ano para o processo de transplante. Desse total, 58 foram para transplantes internacionais. A identidade dos doadores e receptores é protegida por lei.
Para ser doador, é necessário procurar o Hemoap de segunda a sexta, das 7:30h às 12:30h, tendo em mãos um documento oficial com foto. O Hemoap fica localizado na avenida Raimundo Álvares da Costa, 1093, no Centro de Macapá.
Nos casos em que ocorra compatibilidade com alguém de fora do estado ou do Brasil, o Governo Federal custeia a locomoção do doador e de um acompanhante.
