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Acusados de matar Tieli Alves e ferir lutador de UFC sentam no banco dos réus em Santana

Elber Nunes Zacheu e Johny de Souza Amoras foram denunciados pelo Ministério Público do Amapá pela morte da jovem Tieli Alves Medeiros, de 25 anos, e da tentativa de homicídio do lutador de UFC, Raulian Paiva

Elden Carlos / Editor

Teve início na manhã desta sexta-feira (02), no Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal de Santana, Região Metropolitana de Macapá, o julgamento dos réus Elber Nunes Zacheu e Johny de Souza Amoras, que foram denunciados pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), pela morte da jovem Tieli Alves Medeiros, de 25 anos, e da tentativa de homicídio do lutador de UFC, Raulian Paiva. O casal, que estava em uma motocicleta, foi atropelado pelo carro dos acusados, em 2018, em Santana, depois que Raulian e a namorada saíram de um evento onde havia ocorrido uma discussão com a dupla.

Johny Amoras e Elber Zacheu foram denunciados pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal. Segundo o advogado da família da vítima, Elsonias Corrêa, a tese da acusação será de crime doloso. Elsonias afirma que a intenção dos réus foi clara no crime.

“É notório, pelas provas dos autos, no relato das testemunhas e depoimentos coletados durante a instrução do processo, que a intenção dos réus foi a de ceifar a vida das vítimas. Defendemos que ambos sejam condenados pelo homicídio qualificado da jovem Tieli, e pela tentativa de homicídio de Raulian e pelas lesões corporais ao ferir com garrafadas outra vítima”, frisou o advogado.

O advogado Charlles Bordalo, que atua na defesa de Elber Nunes, sustenta a tese de negativa de autoria, afirmando que seu cliente não participou e nem concordou com o atropelamento. “Foi algo repentino. Meu cliente estava no banco traseiro do carro quando o atropelamento ocorreu. E vamos provar isso“, disse o advogado de defesa.

Raulian Paiva foi o primeiro a ser ouvido em depoimento. Ele narrou o que ocorreu naquela noite. No total, serão ouvidas 15 testemunhas, sendo 5 de acusação, cinco de defesa de Zacheu e outras cinco de defesa de Johny.

Elber e Johny chegaram a ser presos no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) na época do crime, mas em 2019 eles conseguiram deixar a prisão por meio de habeas corpus. Johny foi considerado foragido posteriormente e acabou preso na noite da última quarta-feira (30), em Macapá, durante uma barreira do Batalhão de Força Tática (BFT).

Imagens: Vitor Andreoli

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