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Brasil deve bater recorde na exportação de gado vivo em 2025 e ampliar força do agronegócio mundial

O Brasil avança para um recorde inédito na exportação de gado vivo em 2025, impulsionado pelo crescimento da demanda internacional, principalmente do Oriente Médio, e pela ampliação de rotas logísticas estratégicas.

De acordo com projeções da Agrifatto, o país pode embarcar até 1,5 milhão de cabeças, consolidando o maior volume da história e fortalecendo ainda mais o agronegócio brasileiro.

A expectativa reflete um cenário positivo já observado em 2024 e reforça a posição do Brasil como líder global no fornecimento de animais vivos. Além disso, o avanço ocorre em meio à retomada das compras de importantes parceiros comerciais e à entrada de novos estados no mapa exportador.

Exportação de gado vivo avança com demanda do Oriente Médio

A exportação de gado vivo tem ganhado força com a forte procura de países do Oriente Médio e do Norte da África. Turquia, Iraque, Egito, Líbano e Marrocos respondem por quase 80% das compras, consolidando esse bloco como destino essencial para o rebanho brasileiro.

Segundo dados da Agrifatto, somente em setembro de 2025 foram embarcadas 137,17 mil cabeças, gerando US$ 147,93 milhões com média de US$ 76,32 por arroba.

“O boi brasileiro é atualmente o mais barato do mundo, o que sustenta a alta competitividade e o crescimento nas exportações”, afirmou Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto.

Assim, a atratividade do preço brasileiro, somada ao volume e à qualidade genética do rebanho, impulsiona as negociações e amplia o protagonismo nacional no setor.

Primeiro semestre confirma tendência de alta

Enquanto isso, os resultados do início de 2025 reforçaram o ritmo acelerado. No primeiro semestre, foram exportados 487,6 mil bovinos vivos, alta de 47,1% frente a 2024.

De acordo com a Scot Consultoria, o país pode superar novamente 1 milhão de cabeças exportadas ainda em 2025, caso o desempenho se mantenha até dezembro.

Assim, o setor consolida um movimento de crescimento sustentado, apoiado por logística ampliada e competitividade de preços.

Perfil da exportação e impacto no agronegócio brasileiro

Os mercados compradores priorizam animais jovens e leves. Em julho de 2025, por exemplo, a Turquia adquiriu 21,9 mil cabeças com menos de 300 kg, todas do Rio Grande do Sul.

Apesar disso, a exportação de gado vivo representa apenas 3,15% do abate nacional, podendo avançar para 3,59% em 2025 – ainda um nicho, porém em expansão contínua no agronegócio.

A demanda por animais com genética superior, manejo eficiente e nutrição especializada já estimula investimentos e aquece cadeias produtivas regionais.

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