Câmara envia pedidos de suspensão de deputados para a Corregedoria
Mesa Diretora decidiu encaminhar as denúncias contra os parlamentares que ocuparam o plenário nesta semana

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu encaminhar as representações de afastamento contra 14 deputados por até seis meses. A decisão sobre a suspensão será analisada pela Corregedoria Parlamentar nos próximos dias.
Lista dos deputados
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Nikolas Ferreira (PL-MG);
- Julia Zanatta (PL-SC);
- Luciano Zucco (PL-SC);
- Allan Garcês (PP-MA);
- Caroline de Toni (PL-SC);
- Marco Feliciano (PL-SP);
- Domingos Sávio (PL-MG);
- Marcel Van Hattem (Novo-RS);
- Zé Trovão (PL-SC);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Carlos Jordy (PL-RJ);
- Marcos Pollon (PL-MS);
- Paulo Bilynskyj (PL-SP).
A decisão foi tomada pela Mesa, sob o comando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os congressistas se recusarem a deixar a cadeira de Motta e a Mesa Diretora durante a retomada das sessões na Casa na quarta-feira (6).
O PL apresentou uma representação contra a deputada Camila Jara (PT-MS) por suposta agressão contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), mas seu nome não consta na lista enviada à Corregedoria. Inicialmente, a Mesa Diretora havia informado que “todas” as representações tinham sido encaminhadas.
Motim na Câmara
A representação contra os deputados repete os casos do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), que foram suspensos por três meses das atividades parlamentares.
A ala bolsonarista da Câmara obstruía os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (8).
Eles queriam que entrasse em votação três medidas de forma imediata: o projeto para anistiar envolvidos no 8 de Janeiro, a proposta de Emenda à Constituição do fim do foro privilegiado e também o impeachment de Moraes.
Dois dias depois, na quarta-feira (5), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de seis meses qualquer deputado que insistisse na paralisação.
Na quinta-feira (7), o presidente da Câmara afirmou que o caso estava em “avaliação”. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reafirmou que não trabalha sobre “chantagem” e “imposição”.