
O conflito entre as geradores de energia eólica e solar, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS), podem impactar no valor da conta de luz do consumidor brasileiro.
Segundo a publicação, geradoras do Nordeste foram impedidas de produzir energia sob o argumento de que adicionavam riscos ao sistema elétrico. As produtoras eólicas calculam que deixaram de vender R$ 1,7 bilhão em energia, enquanto as produtoras solares registraram perdas de R$ 673,5 milhões.
A situação levou governadores do Nordeste a reivindicarem indenizações junto ao presidente Lula. A Abeeólica, associação do setor eólico, argumenta que o impacto na conta de luz seria pequeno, mas alerta que, sem uma solução, os custos podem crescer em 2025.
O deputado federal Danilo Forte (União Brasil), que tem se destacado na defesa do setor na Câmara Federal, defendeu a antecipação do cronograma de projetos de transmissão de energia para este ano.
“Nossa ideia é antecipar o cronograma de projetos de transmissão de energia para este ano, facilitando a concessão de licenças e o financiamento do BNDES, para escoar a produção do Nordeste”, afirmou.
O parlamentar também sugeriu estímulos para atrair datacenters e unidades de hidrogênio ao Nordeste, como forma de aproveitar o excedente energético local.
A crise se intensificou após um apagão em 2023, no Ceará, associado a falhas técnicas em equipamentos das geradoras. Desde então, o ONS e a Aneel adotaram medidas mais rígidas para o trânsito de energia do Nordeste ao Sudeste, agravando os cortes de produção.