Gasolina sobe R$ 0,10 e diesel, R$ 0,28, a partir deste sábado, com reajuste do ICMS e da Petrobras
O aumento do imposto estadual sobre os combustíveis coincide com a elevação do litro do diesel nas refinarias
A gasolina fica R$ 0,10 mais cara a partir deste sábado (1º) nos postos do país. O aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, com cobrança única em todos os estados e Distrito Federal, começa a vigorar neste sábado (1º). A medida coincide com o reajuste do diesel autorizado pela Petrobras nas refinarias.
Com isso, o litro do diesel deve subir R$ 0,28, somando a alta do ICMS (R$ 0,06) com a elevação da Petrobras (R$ 0,22). Não tem alteração no preço da gasolina cobrado pela estatal.
O aumento do ICMS está previsto desde 30 de novembro passado, após aprovação pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários estaduais de Fazenda.
No caso da gasolina e do etanol, a cobrança do imposto aumentará em 10 centavos, passando de R$ 1,3721 para R$ 1,47 por litro – um acréscimo de 7,14%. Já para diesel e biodiesel, a alíquota do imposto estadual subirá de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, um aumento de 5,31%.
No caso do gás de cozinha, porém, o Confaz aprovou uma pequena redução 1,69% na alíquota, com a cobrança passando de R$ 1,4139 para R$ 1,39 por kg.
Já Petrobras autorizou nesta sexta-feira (31) o reajuste do preço do diesel nas suas refinarias em R$ 0,22 a partir deste sábado (1º), com o litro passando a custar R$ 3,72. O combustível estava sem aumentar desde outubro de 2023, com uma defasagem de 17% em relação aos preços praticados no mercado internacional.
Inflação
O aumento dos combustíveis deve pressionar a inflação, em meio à discussão do governo federal para tentar frear os preços, principalmente, de alimentos. A inflação fechou 2024 em 4,83%, estourando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%.
E a gasolina foi o subitem que mais pesou na alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), a inflação oficial do país. Em 12 meses, o combustível subiu 9,71%, variação que contribuiu diretamente com 0,48 ponto percentual na taxa da inflação.
A última vez em que a Petrobras reajustou o preço da gasolina nas refinarias foi em 9 de julho do ano passado.
Entre as principais causas que afetam o preço dos combustíveis estão a alta do dólar, que encarece a importação e insumos, além de custos logísticos, que variam conforme as distâncias percorridas e as condições de infraestrutura de cada região.
O preço médio do litro da gasolina terminou o ano de 2024 em R$ 6,14, um aumento de 9,6% em relação ao valor cobrado nos postos de combustível do país, em dezembro de 2023, que era de R$ 5,60. Já o etanol subiu 18% no mesmo período, passando de R$ 3,42 para R$ 4,11 o preço médio do litro.
No mesmo período, o diesel foi de R$ 6,02 para R$ 6,11 o litro, elevação de 1,5%. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).