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Quais os truques de Kim Jong-un para enviar mais soldados à guerra da Ucrânia?

Regime aumentou idade limite para alistamento e encareceu certificados médicos de isenção ao serviço militar

A Coreia do Norte tem se esforçado para enviar mais soldados à guerra da Ucrânia, segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês), que monitora as ações militares do país vizinho.

Embora o órgão não tenha dado detalhes sobre os esforços de Kim Jong-un, a imprensa local diz que as ações incluem o aumento da idade limite para o alistamento militar e o encarecimento de certificados médicos usados para evitar o recrutamento.

Essas medidas, ainda de acordo com a imprensa sul-coreana, geraram descontentamento generalizado entre os moradores da Coreia do Norte, que agora temem ainda mais que os jovens sejam enviados para lutar na guerra.

Cerca de 12 mil soldados de Kim Jong-un já foram enviados para a Rússia, segundo a inteligência dos EUA e da Coreia do Sul. Aproximadamente 3 mil deles já morreram ou foram feridos, de acordo com as estimativas dos dois países.

Truques

Na Coreia do Norte, homens e mulheres fisicamente aptos são obrigados a servir por 10 e 7 anos, respectivamente, assim que saem do ensino médio, a partir dos 18 anos de idade. Mas uma parte deles posterga o alistamento por anos.

Isso porque a legislação do país permite que aqueles considerados inaptos no momento do recrutamento possam postergar o serviço até que sua condição seja reavaliada. É o que ocorre, por exemplo, com jovens diagnosticados com doenças, que têm altura inadequada (menos que os 1,45 m obrigatórios) ou que cursam o ensino superior.

Até dezembro do ano passado, caso continuassem inaptos até os 23 anos, esses jovens se tornavam definitivamente isentos do serviço militar. Mas Kim Jong-un resolveu ampliar a idade máxima da regra para 25 anos, o que tornou a isenção definitiva um desafio ainda maior.

Uma estratégia comum para adiar o recrutamento no país é a compra de certificados médicos falsos, que declaram doenças como tuberculose. Mas o governo também tem dificultado essa prática, segundo a imprensa internacional.

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