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Brasileiro prisioneiro da Ucrânia pode ser condenado como mercenário

Autoridade militar da Ucrânia revelou que brasileiro mantido prisioneiro de guerra no país pode ser condenado como mercenário

A situação do brasileiro mantido prisioneiro de guerra pela Ucrânia segue incerta, com o risco de ele ser condenado como mercenário pelas autoridades do país. A revelação foi feita por Petro Yatsenko, representante da Coordenação para o tratamento de Prisioneiros de Guerra.

De acordo com a autoridade militar ucraniana, apesar de o brasileiro ter alegado que foi enviado para a guerra sem consentimento, seu status continua sendo de “prisioneiro de guerra como combatente”.

“Caso ele não tenha participado de crimes de guerra, ainda poderá ser condenado pelo fato de ser mercenário estrangeiro”, revelou Yatsenko.Play Video

Yatsenko afirma que o estado de saúde do brasileiro é considerado “bom”, e que a Ucrânia tem fornecido todo o suporte para o homem que ainda não teve sua identidade revelada.

“O estado de saúde do preso brasileiro é bastante bom”, disse o militar ucraniano ao ser questionado sobre o caso. “A Ucrânia fornece todas as instalações de cuidados médicos de acordo com a Terceira Convenção de Genebra. Ele também tem condições de vida confortáveis: três refeições por dia, pátio para caminhada, água quente e instalações esportivas”.

Falsa promessa de emprego

Após ser capturado junto às fileiras russas por forças ucranianas, o brasileiro detido no país liderado por Volodymyr Zelensky alegou ter chegado à guerra após ser enganado com uma falsa promessa de empreso na Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores acompanha o caso desde o último mês. O embaixador do Brasil em Kiev revelou que a representação brasileira na Ucrânia ficou sabendo da história na última semana por meio de familiares e busca maiores detalhes sobre a situação do homem.

Até o momento, maiores detalhes sobre o brasileiro não foram revelados pelos governos da Ucrânia ou Rússia. O Kremlin ainda foi questionado sobre a acusação de estar cooptando estrangeiros por meio de falsas promessas, para envia-los à guerra. Até o momento, nenhum retorno foi dado.

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