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Rebeldes houthis dizem que ataques a navios no mar Vermelho continuarão

Afirmação acontece após os EUA anunciarem uma coalizão de dez países para garantir segurança à navegação naquela área

Os rebeldes xiitas houthis do Iêmen afirmaram que continuarão os seus ataques contra navios ligados a Israel no mar Vermelho, em resposta à nova coalizão militar anunciada pelos Estados Unidos para garantir a segurança e a liberdade de navegação nessa rota marítima crucial para o comércio internacional.

“A coalizão formada pelos Estados Unidos visa proteger Israel e militarizar o mar sem qualquer justificativa, e não impedirá o Iêmen de continuar as suas operações legítimas de apoio a Gaza”, disse o porta-voz houthi, Mohamed Abdulsalam, em sua conta no X (antigo Twitter).

Na primeira reação após o anúncio desta coalizão promovida por Washington, Abdulsalam afirmou que “os EUA permitiram-se apoiar Israel formando uma aliança, e também sem aliança”.

“Os povos da região têm plena legitimidade para apoiar o povo palestino. O Iêmen assumiu a responsabilidade de defender os direitos palestinos e [confrontar a] grande injustiça em Gaza”, acrescentou.

O porta-voz reiterou que “as operações navais do Iêmen visam apoiar o povo palestino no confronto com a agressão e o cerco a Gaza e não são uma demonstração de força ou um desafio para ninguém”.

Por isso, alertou, “quem quiser ampliar o conflito deve assumir as consequências dos seus atos”. O Pentágono anunciou ontem uma nova coalizão militar composta por dez países, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido e a Espanha.

O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, está hoje em Manama, capital do Bahrein e quartel-general da Quinta Frota dos EUA, e se reunirá virtualmente com os ministros da Defesa dos países da região.

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