Facção proibia roubos em igrejas para evitar presença da polícia, revela operação
Integrantes de organização criminosa responsável por roubos e tráfico de drogas na Zona Norte de Macapá foi alvo de operação da Força Tarefa nesta sexta-feira (18)
Elden Carlos / Editor
Um homem, de 31 anos, foi preso em flagrante na manhã desta sexta-feira (18) em uma residência localizada na Ilha Mirim, bairro Infraero, Zona Norte de Macapá, durante a operação ‘Incurso’, deflagrada pela Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MP-AP).
A ação é um desdobramento da operação ‘Andes’, realizada em abril deste ano, e que investiga um esquema de tráfico de drogas. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo um deles no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Na casa do homem preso nesta sexta-feira a polícia aprendeu um grande volume de drogas (crack) embaladas para comercialização. Em abril, a polícia prendeu duas pessoas em flagrante. Há época, um homem, de 34 anos, foi investigado depois que houve a descoberta que ele utilizava o carrinho de venda de batatas da companheira dele para comercializar o produto entorpecente no Centro de Macapá.
Além disso, o alvo da primeira operação ainda fornecia drogas para um comparsa que fazia a venda do produto no Mercado Central e em quiosques da orla de Macapá. Também foi comprovada a existência de um grupo virtual de faccionados que utilizavam as redes sociais para preparar ações criminosas e até mesmo monitorar as ações policiais. As ações, nesse caso, se davam principalmente na Zona Norte da capital.
A organização criminosa também decretou a proibição de que os integrantes do grupo praticassem roubos em igrejas e em determinados horários para evitar o reforço da presença da polícia na área, prejudicando, principalmente, o tráfico de drogas. Os que se opunham às ordens eram severamente punidos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas e integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão.