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Petróleo no AP: ao Ibama, Petrobras promete base no Oiapoque e 100 profissionais

Petrobras quer que Ibama reconsidere o veto à exploração de petróleo no Amapá, o que fez a companhia se comprometer contra danos ambientais

Em um comunicado publicado na manhã desta quarta-feira (24), a Petrobras informou que irá protocolar ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) o pedido de reconsideração da decisão de recusa da licença ambiental para perfuração de um poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá.

Na última terça-feira (23), na Casa Civil, uma reunião com representantes dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, além do Ibama, foram tratadas as ações necessárias para atender aos questionamentos do órgão ambiental que vetou a licença à Petrobras.

  • Compromissos

A Petrobras se comprometeu a ampliar a base de estabilização da fauna no município de Oiapoque, no Amapá. O comunicado também indica que atuará forte diante de possíveis vazamentos com o apoio do Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), já instalado em Belém (PA).

“Desse modo, na remota possibilidade de ocorrência de um acidente com vazamento, o atendimento à fauna poderá ser realizado nas duas localidades. A distância entre o Centro de Belém e o local da perfuração foi um dos temas de atenção destacados pelo órgão ambiental na sua avaliação do pleito de licenciamento”, diz trecho do comunicado.

Outra promessa é a disponibilização de 100 profissionais dedicados à proteção animal. Neste caso, 12 embarcações foram oferecidas, das quais duas estarão de prontidão ao lado da sonda. A empresa ainda destaca o uso de cinco aeronaves para resgate e monitoramento.

“A Petrobras se compromete a adotar as melhores práticas nas atividades de exploração e produção na Margem Equatorial brasileira, num modelo de vanguarda tecnológica que supera todos os projetos já realizados pela empresa”, salienta o comunicado.

  • Exploração na Margem Equatorial

A Petrobras quer iniciar a perfuração de um poço exploratório a cerca de 530 km da costa do Amapá, perto da Guiana, onde foi constatado grande quantidade de petróleo no país vizinho. A chamada Margem Equatorial, iniciada na Bacia da Foz do Amazonas, segue até o Rio Grande do Norte.

No projeto, a Petrobras destaca que a Margem Equatorial detém importante potencial para exploração de petróleo, justificado por descobertas recentes, feitas por outras empresas, em regiões próximas a essa fronteira (nas regiões da Guiana, Guiana Francesa e Suriname).

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