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Conclave: escolha do novo papa se aproxima; Veja mudanças na cerimônia

Dia 7 de maio, o encontro de cardeais que escolherão o novo papa será realizado; Entenda as mudanças

Após a morte de Francisco um novo pontífice precisa ser escolhido para ocupar o cargo. Com a Sé vacante, o Vaticano marcou para quarta-feira, 7 de maio, o conclave, que ocorre quando os cardeais se reúnem e elegem o novo papa. No entanto, a formulação da cerimônia passou por algumas mudanças nos últimos tempos.

A Igreja Católica entrou, nessa última semana, na fase preparatória final para escolher seu 267º papa. Na sexta-feira (2), bombeiros do Vaticano instalaram a icônica chaminé, que anuncia a escolha do novo pontífice.

A chaminé é um importante elemento do rito, visto que é por meio dela que o resultado da votação é divulgado. Ao fim de cada ciclo de votos, se uma fumaça de cor preta for emitida, quer dizer que ainda não foi escolhido o novo papa. Com a determinação da escolha, sai da chaminé uma fumaça branca, anunciando ao mundo: Habemus Papam.

Durante o conclave, todo o processo de votação é secreto e rigorosamente controlado. Se nenhum nome atingir os dois terços dos votos, as cédulas são queimadas e a fumaça é emitida.

Nova regra

O conclave desta quarta-feira será formado por 132 cardeais com direito a voto, apesar desse número ultrapassar o limite tradicionalmente estabelecido pela Igreja Católica, de 120. De acordo com esclarecimento divulgado pela Congregação dos Cardeais, a decisão está em conformidade com a legislação canônica e com medidas adotadas pelo próprio papa Francisco.

O questionamento surgiu pois a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, publicada em 1996 pelo papa João Paulo II, definiu que o Colégio de Cardeais eleitores deve ter, no máximo, 120 membros com até 80 anos.

No entanto, o documento também prevê que essa norma pode ser flexibilizada. Com base nesse entendimento, o papa Francisco optou por não se restringir ao número fixado e nomeou cardeais que, ao serem criados oficialmente, passaram a ter pleno direito de participar do conclave.

Em nota divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, a Congregação dos Cardeais explicou que a superação do limite ocorreu com respaldo da norma 36 da Constituição Apostólica. Segundo o texto, os cardeais que foram nomeados tornaram-se automaticamente eleitores legítimos do novo pontífice, independentemente do número total.

Composição atual do Conclave

Entre os 132 cardeais votantes, 108 foram nomeados pelo papa Francisco, responsável por ampliar significativamente a representatividade de países fora do eixo tradicional Europa-América do Norte. Ao todo, 22 foram nomeados por Bento XVI e cinco, veteranos de outros conclaves, receberam o título de cardeal durante o pontificado de João Paulo II.

A diversidade entre os eleitores também se expressa em aspectos como idade, origem e filiação religiosa. O cardeal mais jovem é Mikola Bychok, de 45 anos, ucraniano radicado na Austrália, enquanto o mais velho é o espanhol Carlos Osoro Sierra, de 79. O grupo mais numeroso é formado pelos nascidos em 1947, com 13 representantes.

Do ponto de vista espiritual e pastoral, 33 cardeais pertencem a ordens ou congregações religiosas. Os salesianos formam o maior grupo, com cinco membros. Também há representantes dos franciscanos, jesuítas, dominicanos, verbitas, redentoristas, agostinianos, carmelitas descalços, cistercienses, lazaristas, espiritanos, scalabrinianos e missionários.

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