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Governo discute taxação dos EUA sobre o aço brasileiro, que começa valer hoje

Ministro Fernando Haddad se reunirá com o presidente executivo do Instituto Aço Brasil

As tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos entraram em vigor nesta quarta-feira (12). O Brasil, responsável por 17% das importações de aço para os EUA, será um dos países afetados pela medida do presidente Donald Trump.

Nas últimas semanas, o governo brasileiro tem tentando negociar as tarifas de importação. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, chegou a se reunir por videoconferência com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.

Os Estados Unidos são um dos principais compradores do aço brasileiro. Em 2024, o país comprou mais de 35% da produção do Brasil. 

O Instituto Aço Brasil entende que a taxação de 25% sobre os produtos de aço brasileiros não será benéfica. “Os Estados Unidos importaram, em 2024, 5,6 milhões de toneladas de placas por não dispor de oferta suficiente para a demanda do produto em seu mercado interno, das quais 3,4 milhões de toneladas vieram do Brasil”, diz a organização.

Reação internacional

Além do Brasil, outros países como Canadá e China também serão taxados. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que “as ações dos Estados Unidos violam seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio, prejudicam gravemente o sistema comercial multilateral baseado em regras e não conduzem à solução do problema”.

Ela ainda acrescentou que a China, maior produtor mundial de aço, “adotará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos”.

O Reino Unido afirmou que está “decepcionado” com as medidas dos Estados Unidos, mas afirmou que não adotaria medidas de retaliação imediatas.

“Estamos focados em uma abordagem pragmática e em negociar rapidamente um acordo econômico mais amplo com os Estados Unidos para eliminar as tarifas adicionais”, declarou o secretário de Comércio do Reino Unido, Jonathan Reynolds.

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