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Tribunal em Haia decide que Israel pare ataques em Rafah

Israel deve "interromper imediatamente a sua ofensiva militar e quaisquer outras ações na cidade de Rafah”, diz trecho da decisão

A CIJ (Corte Internacional de Justiça) determinou que Israel interrompa imediatamente sua ofensiva militar terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A decisão do principal tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas) é uma resposta a um pedido da África do Sul.

Israel deve “interromper imediatamente a sua ofensiva militar e quaisquer outras ações na cidade de Rafah que imponham aos palestinos de Gaza condições de vida que possam levar à sua destruição física total ou parcial”, afirmou a decisão da CIJ.

Quinze juízes deliberaram sobre o assunto em quase uma hora. A corte sediada em Haia, na Holanda, chamou de desastrosa a condução de Tel Aviv sobre a questão humanitária no território palestino e afirmou não estar convencida de que os avisos de evacuação de civis e outras medidas tomadas por Israel, que enfrenta um crescente isolamento internacional, sejam suficientes para diminuir os danos aos palestinos.

A instância judicial da ONU pediu também a “libertação imediata e incondicional” dos reféns raptados pelo grupo terrorista Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel e detidos desde então em Gaza.

Embora o tribunal não tenha meios para fazer Israel cumprir suas ordens, a decisão deve aumentar a pressão sobre as autoridades israelenses. A determinação ainda se soma à condenação que o país do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu tem enfrentado pela guerra, na qual mais de 35 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde do Hamas.

A CIJ ordenou ainda que Israel autorize a entrada de ajuda humanitária em Rafah, pela passagem fronteiriça com o Egito.

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