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Ilha de Santana recebe campanha contra abuso e exploração sexual infantil

A ação foca na conscientização das pessoas e atua na prevenção, orientação e combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes

A exploração sexual de crianças e adolescentes é uma triste realidade no Brasil. Seja em uma grande capital ou nas populações ribeirinhas do rio Amazonas, há inúmeras vítimas desse tipo de crime.

E para difundir a informação de conscientização quanto às medidas de prevenção e combate a violência infantojuvenil, a Central de Proteção à Infância e Juventude de Santana levou a campanha Maio Laranja até a Escola Estadual Levindo Alves dos Santos, na comunidade Cachoeirinha, na Ilha de Santana, na manhã desta terça-feira, (07).

A campanha Maio Laranja, criada para alertar e prevenir sobre essa prática, busca um compromisso coletivo para cuidar do público infantojuvenil, além de estabelecer maior segurança para as vítimas. A ação foca na conscientização das pessoas e atua na prevenção, orientação e combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

A Vara da Infância e da Juventude de Santana, que tem como titular a juíza Larissa Antunes, iniciou as ações no ambiente escolar, pois na rede de proteção a escola tem um papel específico e próprio. É o lugar onde essa violência pode ser mais facilmente detectada, pois é um espaço que crianças e adolescentes frequentam cotidianamente com adultos fora do círculo familiar.

“É necessário informar esses jovens sobre cuidados, prevenção, formas de denúncias e a importância de sinalizar ao responsável as atitudes suspeitas que eles presenciem. O objetivo é tirar esse tema da invisibilidade, para mobilizar e convocar toda a população a participar da causa em defesa dos direitos de crianças e adolescentes”, ressaltou o coordenador da Central de Proteção à Infância e Juventude de Santana, Lauro Luz.

A diretora da Escola E. Levindo Alves dos Santos, professora Lucileia Corrêa da Silva, parabenizou a iniciativa da Justiça e destacou que uma ação com essa temática se faz necessário na instituição.

“Nós conversamos informalmente com nossos alunos, mas ter a Justiça do Amapá conversando diretamente com eles trouxe um valor maior. É importante para que essas crianças e adolescentes relatem as violências que sofrem e busquem ajuda. É por meio da escola e de seus profissionais que essas violências deixam de ser invisíveis”, ressaltou.

A diretora pontuou a necessidade de levar o Maio Laranja para as regiões mais distantes do Amapá, pois os casos de violência sexual contra o público infantojuvenil se tornam expressivos.

“Estamos em uma região em que – além de toda uma carência em várias áreas – ainda persiste muito o desconhecimento. As crianças e adolescentes precisam de uma rede de proteção, saber como agir e denunciar e terem em quem confiar para pedir socorro. Com uma linguagem adequada e abordagem específica nós conseguimos trabalhar juntos esse tema tão delicado”, defendeu.

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