Política Nacional

Pautas-bomba: o que Lira deve priorizar em meio a embate com Planalto

Ministro Alexandre Padilha foi chamado de “desafeto pessoal” e “incompetente” pelo presidente da Câmara dos Deputados

A queda de braço entre membros do primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas/AL), tem se estendido, e o próximo passo poderá ser as pautas-bomba para o Executivo.

A reunião de Arthur Lira com os líderes partidários da Câmara, na terça-feira (16/4), teve como pauta o destrave de propostas defendidas pelo governo Lula. Entre os itens, está a criação de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e um grupo de trabalho (GT). Cinco é o número máximo de CPIs que podem funcionar de forma simultânea na Casa.

O encontro do presidente da Câmara com os parlamentares teve como plano de fundo as declarações do político alagoano contra o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.

“Essa notícia hoje, que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver”, disse Lira ao comentar a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (sem partido/RJ) no plenário da Casa.

Arthur Lira sinalizou a criação de um GT para discutir propostas sobre o foro privilegiado, mas deverá aguardar manifestação de outros parlamentares para conseguir maioria. O tema tem sido debatido no Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da Câmara deverá decidir, nos próximos dias, os nomes que irão compor o grupo, mas não há uma data definida para instalação. Outra medida adotada pelo líder alagoano é a votação de temas sensíveis para o governo.

Nessa terça-feira, (16), o plenário da Câmara aprovou o regime de urgência de um projeto de lei para sancionar invasores de terras em áreas rurais e urbanas, tema esse que vai de encontro com os membros do Movimento dos Sem Terra (MST), grupo que defendeu a eleição de Lula em 2022.

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