São 5 milhões que se declaram unipessoais, ou seja, que moram sozinhos, e 2,5 milhões com indícios de irregularidades
O MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) vai revisar 7,5 milhões de benefícios do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. O programa de transferência de renda atende 21,8 milhões, com parcela mensal de R$ 600.
O Governo Federal também vai investir R$ 2,4 bilhões para a atualização do Cadastro Único. A ferramenta é responsável pela entrada nos programas sociais, como o Auxílio Brasil, e conta com mais de 40 milhões de pessoas inscritas.
Entre março e dezembro, 5 milhões de beneficiários que declaram ser unipessoais (cadastros de pessoas que disseram morar sozinhas) terão os dados revisados. Segundo levantamento da CGU (Controladoria-Geral da União), o ministério também fará a verificação de 2,5 milhões de beneficiários que apresentam indícios de irregularidades de renda e não atendem aos critérios do programa.
“O objetivo dessa iniciativa é abrir a porta e dar as mãos aos mais pobres, incluir quem está de fora e corresponde aos critérios e excluir quem está recebendo irregularmente. Quem realmente precisa da transferência de renda não será desligado”, afirma o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em nota.
Com o pente-fino no cadastro, o governo pretende abrir espaço no orçamento do Bolsa Família para o pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos, promessa de campanha. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quarta-feira (15) que o governo federal vai relançar o Bolsa Família na semana que vem.