Da Redação
A aposentada Maria do Amparo chegou cedo ao cemitério para confortar o coração cheio de saudade. Dois anos sem visitar o local, por conta da pandemia, ela não segurou a emoção ao relembrar dos filhos. “É uma tristeza enorme no meu peito essa ausência. Perdi 2 filhos, e para uma mãe, isso é desolador. Um em 2005 e outro em 2018. Dói muito”, disse.
O Dia de Finados em Macapá foi debaixo de sol escaldante, mas a alta temperatura não afastou os visitantes do momento de lembrança dos familiares e amigos já falecidos.
Aqui no cemitério São Francisco, localizado na Zona Norte de Macapá, estima-se que 30 mil pessoas visitaram os túmulos para homenagear e fazer orações aos seus entes queridos.
Muita gente estava no cemitério a trabalho. O ajudante de serviços gerais, Jonas, Pantoja aproveitou o movimento para conseguir uma renda com pequenos serviços nas sepulturas. “Todo ano estou aqui, porque é uma fonte de renda extra para comprar o pão de cada dia”, resumiu.
Do lado de fora, empreendedores também faturavam com a comercialização de velas.
Muitos parentes que vivem a tradição da data em homenagem aos mortos, procuram essa conexão espiritual para ressignificar a perda.
Reportagem: Ptrick Almeida
Imagens: Wesley Abreu
