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PF apura esquema de fraude no Auxílio Emergencial no Amapá

Policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (01) na capital amapaense

Elden Carlos / Editor

A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (01) durante a ‘Operação Subitis’, que investiga uma organização criminosa responsável pelos crimes de estelionato majorado e lavagem de dinheiro relacionados a fraudes no recebimento do Auxílio Emergencial, destinado pelo Governo Federal durante o período da pandemia da covid-19. As ordens judiciais foram cumpridas nos bairros Novo Horizonte e Jardim Felicidade, na Zona Norte de Macapá. ‘Subitis’ é a tradução em latim do nome emergência.

Segundo a PF, um homem e uma mulher – que tem grau de parentesco – seriam responsáveis pela fraude de pelo menos 24 benefícios assistenciais. Os valores iniciais captados ilicitamente ultrapassam a cifra de R$ 21 mil. A investigação demonstrou que eles utilizavam dados de outras pessoas para abrir cadastros no aplicativo Caixa Tem. Em seguida, os golpistas emitiam boletos em nomes deles próprios ou de terceiros, efetuando o ‘pagamento’ desses documentos. Os recursos tinham como destino as contas pessoais dos investigados.

Um dos casos chamou ainda mais atenção. Um parente dos alvos da operação, que morreu em 2018, teve o nome usado pelos investigados na fraude. Eles conseguiram emitir boletos e receber em nome desse familiar a quantia de R$ 8 mil. O fraudador – que não tem emprego fixo ou comprovado – detinha pelo menos 19 contas bancárias ativas, principalmente, em bancos digitais.

Diante do recebimento indevido as pessoas que tiveram os nomes fraudados procuraram a justiça e conseguiram o direito ao pagamento do benefício. Com isso, a União fez o pagamento duplicado aos reais beneficiários. A Polícia Federal vai aprofundar a investigação para tentar identificar outros possíveis envolvidos no esquema.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato majorado e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir penas que podem chegar a 16 anos de prisão.

Imagens: Divulgação/PF

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