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Caminhoneiros realizam protesto em rodovia do Amapá

Ato é contra resultado da eleição presidencial do último domingo (30). Manifestantes acreditam em uma possível intervenção militar no país

Da Redação

A manifestação de caminhoneiros e outras pessoas ligadas ao movimento nacional instalado no país nesta segunda-feira (31) já bloqueia a mais de 20 horas a AP-440, que interliga os municípios de Macapá, Santana e Mazagão, na Região Metropolitana da capital. A pista no sentido Macapá/Santana está interditada. O Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) controla a outra pista onde apenas carros de passeio, ambulâncias e de serviços essenciais são liberados pelos manifestantes.

O ato segue o padrão nacional que é contrário à eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estamos mobilizados em todo o país esperando uma posição do nosso presidente Jair Bolsonaro. Se tiver que haver uma intervenção militar, que assim seja. Não podemos nos calar diante de todas as orquestrações que levaram a eleição para o outro lado. Essa manifestação não tem prazo para terminar”, declarou um dos manifestantes.

Uma das medidas do movimento é a proibição da passagem de carretas com alimentos e combustíveis. Esses veículos, vindo de todas as regiões do país, são desembarcados no rio Matapí. O acesso pelo local onde a manifestação foi instalada é o único possível para que as carretas cheguem aos centros de abastecimento e distribuição de alimentos e combustíveis da capital.

A rodovia AP010, que liga Macapá e Santana ao município de Mazagão foi interditada pelos caminhoneiros, alegando que até 2ª ordem, ninguém entra e ninguém sai do Estado com carregamento.

Os manifestantes estão deixando passar ambulâncias, viaturas, carros pequenos e motociclistas. A Polícia Militar está presente para manter a ordem no manifesto. O objetivo é mobilizar a população para um ato em favor da democracia. Os manifestantes contestam também a lisura das eleições de domingo e alegam que o protesto não gira em torno de um candidato.

O ato não tem data para encerrar, a estimativa é que mais caminhoneiros se juntem ao movimento, até que uma medida seja tomada.

São Paulo

Caminhoneiros manifestantes paralisaram trechos de rodovias de São Paulo. Os principais pontos de bloqueio são na marginal Tietê, na rodovia Régis Bittencourt e na rodovia Presidente Dutra, no acesso para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na altura do quilômetro 219, na cidade da região metropolitana de São Paulo.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acesso para a avenida Monteiro Lobato está tomado por cerca de 50 manifestantes que bloqueiam totalmente a rodovia nos dois sentidos desde às 20h18 da segunda-feira.

Na marginal Tietê, manifestantes fecharam quatro pistas sob a Ponte das Bandeiras, na zona norte de São Paulo desde a noite desta segunda-feira (31).

Um grupo de manifestantes que não aceitam o resultado das eleições do domingo (30) fecharam parte da pista para protestar. Os motoristas estão desde a noite passando apenas pela faixa da direita na pista local e pela faixa da esquerda na pista marginal.

Outros estados

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ainda que registra a interdição de rodovias em 17 unidades da federação. As barreiras foram montadas por caminhoneiros que não aceitam o resultado das eleições. Os protestos tiveram início ainda na noite deste domingo (30), após o resultado da eleição, e se estenderam pela madrugada.

De acordo com a PRF, o estado que concentra mais bloqueios é Santa Catarina, com 37 pontos de interdição, seguido por Mato Grosso do Sul, com 22 interrupções do trânsito, e por Rondônia, com 13 interdições no total.

Reportagem: Elidiane Amaral

Imagens: Paulo Leal

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