Polícia

Julgamento de ex-policial civil acusado de matar empresária entra no 3º dia

Na terça-feira (18), durante cerca de 14 horas, foram ouvidas cinco testemunhas, sendo três de acusação e duas de defesa

Elden Carlos / Editor

O júri do ex-policial civil Leandro Freitas, de 29 anos, foi suspenso novamente às 22h30 desta terça-feira (18) pela juíza Lívia Freitas, presidente da Vara do Tribunal do Júri de Macapá. Leandro é julgado pelo crime de feminicídio que teve como vítima a empresária Kátia Silva, de 46 anos, morta com um tiro no peito em julho de 2020. A sessão será retomada às 8h30 desta quarta-feira (19), entrando no terceiro dia de debates.

Na terça-feira, durante cerca de 14 horas, foram ouvidas cinco testemunhas, sendo três de acusação e duas de defesa. Umas das testemunhas interrogadas foi o filho da empresária, Kadu Ribeiro. Desde segunda-feira (17), quando teve início o júri popular, dez testemunhas foram ouvidas. Agora, restam os depoimentos de duas testemunhas de defesa e três peritos.

A expectativa é de que nesta quarta-feira ocorra a apresentação da arma usada na morte da empresária e a simulação com um veículo similar ao existente no dia em que a empresária foi alvejada. O pedido da simulação foi feito pela acusação e será realizada no pátio do Fórum. A apresentação ainda não tem horário definido.

O caso

Com base nos autos do processo, por volta de 1h da madrugada de 8 de julho de 2020, no bairro Jardim Marco Zero, zona sul de Macapá, Leandro teria efetuado um disparo de arma de fogo que matou a empresária Ana Kátia Almeida da Silva. O projétil atingiu a vítima na região do tórax, provocando hemorragia que a levou à morte. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Amapá (MP-AP), o ex-policial civil foi o autor do disparo fatal durante uma discussão do casal.

A acusação argumenta que Kátia e Leandro tinham um relacionamento de cerca de dois meses, e o crime foi caracterizado desde o início como feminicídio. Segundo a Promotoria, Leandro é, sim, o autor do crime e há provas periciais como exame de resíduo de pólvora no corpo de vítima e nas mãos do réu. Já a defesa do ex-policial, sustenta que o disparo não foi efetuado por ele, mas pelo filho da vítima, durante uma tentativa de desarmá-lo.  

O ex-policial civil teve a prisão domiciliar concedida em 2020, mas a decisão foi revogada em 2021, quando foi descumprida uma das condicionantes. Leandro aguardava o julgamento preso no regime fechado.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo