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Honda Fit: automático por menos de R$ 28 mil faz até 14 km/l, está no time do “inquebráveis” e faz sucesso entre os usados no Brasil

Compacto automático da Honda chama atenção pelo consumo, durabilidade e espaço interno, mantendo boa procura no mercado de usados

O Honda Fit entrou no mercado brasileiro em 2003 com a missão de combinar praticidade de minivan e dimensões de hatch, e rapidamente ganhou fama de robusto.

A primeira geração chegou com o motor 1.4 i-DSI e opção de câmbio CVT, pacote que privilegia suavidade e baixo consumo.

Em anúncios recentes, é possível encontrar unidades por volta de R$ 27,9 mil, faixa que o coloca entre os automáticos mais acessíveis do país.

Lançamento e conjunto mecânico eficiente

Produzido no Brasil a partir de abril de 2003, o Fit abriu a gama com propulsor 1.4 de oito válvulas associado ao CVT, além de versões manuais.

O motor rende 83 cv com etanol e cerca de 80 cv com gasolina, com torque próximo de 12 kgfm, números adequados para uso urbano quando combinados ao peso contido do modelo e à entrega em baixas rotações típica do sistema i-DSI.

A transmissão continuamente variável foi um diferencial entre os compactos à época, favorecendo acelerações lineares e economia.

Embora a potência varie conforme combustível e ano, a percepção de que “anda o suficiente e gasta pouco” se manteve.

Em medições e relatos de época, o Fit 1.4 registrou algo perto de 10 km/l na cidade e até 16 km/l na estrada com gasolina. Com etanol, são comuns marcas próximas de 7 km/l em ciclo urbano e 11 km/l rodoviário.

Em uso real, muitos proprietários reportam médias em torno de 11 km/l na cidade, número que dialoga com a proposta de eficiência do conjunto.

Espaço interno e versatilidade com o Magic Seat

Parte do sucesso do Fit entre usados vem do aproveitamento de espaço. A cabine acomoda bem quatro adultos e o bagageiro é amplo para o porte.

O destaque, entretanto, é o sistema de bancos modulares Magic Seat, que permite diferentes arranjos para transportar objetos altos, longos ou simplesmente ampliar o porta-malas.

Essa solução, presente desde a primeira geração, consagrou o modelo em tarefas do dia a dia e em viagens, sem penalizar a ergonomia ou a visibilidade.

Dirigibilidade leve e manutenção previsível

Ao volante, o Fit entrega direção precisa com assistência elétrica, bom diâmetro de giro e suspensão ajustada para absorver irregularidades sem desconforto. A carroceria mais alta que a de hatches convencionais facilita o acesso e a posição de dirigir.

Em manutenção, o histórico favorece o bolso: itens de rotina são compartilhados com grande volume de unidades no mercado, e a mecânica costuma ser elogiada pela durabilidade quando as revisões são respeitadas.

Essa combinação ajuda a explicar a reputação de “inquebrável” que acompanha o modelo há anos.

O ponto de atenção mais lembrado é o fluido do câmbio CVT.

Seguir o plano de manutenção com produto homologado é prática consolidada entre oficinas e concessionárias, já que a renovação periódica do óleo reduz desgaste e preserva o funcionamento do conjunto.

A recomendação é utilizar fluido específico da Honda para CVT, como o HCF-2, nas aplicações indicadas pelo fabricante, e realizar a troca no procedimento adequado.

Preços e oferta no mercado de usados

Nos principais portais de classificados, a primeira geração aparece com boa disponibilidade e ampla variação de preço conforme estado, quilometragem, versão e histórico.

Há anúncios pontuais partindo de R$ 27.900 para exemplares 2004 e 2005, enquanto a maioria das ofertas se concentra acima de R$ 30 mil.

A versão automática costuma ter liquidez superior pela combinação de conforto e economia, sobretudo nas capitais.

Como em qualquer compra de veículo com duas décadas de uso, inspeção criteriosa e checagem de procedência fazem diferença no negócio final.

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