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Coreia do Norte fuzila empresários em praça pública por serem “bem-sucedidos”

Casal foi acusado de promover ideologia reacionária, transferir dinheiro ao exterior e disseminar mensagens antiestatais

A Coreia do Norte executou um casal de empresários após o sucesso de seu negócio chamar a atenção da ditadura de Kim Jong-un. A dupla, na faixa dos 50 anos de idade, foi acusada de “arrogantes” e “antirrepublicanos”.

O casal administrava uma empresa em Pyongyang que vendia, consertava e alugava bicicletas elétricas, peças para motocicletas movidas a bateria e bicicletas comuns.

Os empresários cobravam preços altos, o que causou ressentimento entre os moradores, segundo informações do Daily NK. Os clientes acusavam o comportamento arrogante dos donos do negócio e também reclamavam da qualidade dos serviços e produtos.

Embora estivessem formalmente registrados na burocracia norte-coreana, relatos indicam que eles obtiveram lucros significativos por fora e ficaram conhecidos como “figurões”.

As autoridades prenderam o casal no início de agosto e, após um interrogatório, o condenaram à morte no início de setembro. O casal foi acusado de promover ideologia reacionária e de colaborar com organizações externas para transferir ilegalmente moeda estrangeira e disseminar mensagens antiestatais.

Outras vinte pessoas ligadas ao caso foram condenadas à deportação ou a programas de reeducação.

A execução realizada por um pelotão de fuzilamento ocorreu ao ar livre em Pyongyang, diante de cerca de 200 pessoas, incluindo crianças. Segundo relatos, as autoridades descreveram a execução como uma medida para “prevenir a desordem econômica e educar o público”.

Para o jornal sul-coreano Chosun, a punição foi um forte aviso, sinalizando a intenção do governo norte-coreano de cortar a influência externa e reforçar o controle sobre a atividade econômica privada.

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