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ONU aprova plano de paz de Trump para Gaza após dois anos de guerra

Resolução inicia um novo capítulo nas negociações em Gaza, gerando estabilização que inclui caminho para possível Estado palestino

O Conselho de Segurança da ONU aprovou o plano de paz apresentado pelo governo de Donald Trump para a reconstrução de Gaza, abrindo um novo capítulo nas negociações após dois anos de guerra entre Israel e o Hamas. A resolução, considerada crucial para manter o frágil cessar-fogo em vigor, recebeu 13 votos a favor e duas abstenções – China e Rússia – sem vetos.

O texto autoriza a entrada de uma força internacional de estabilização, responsável por garantir segurança, supervisionar fronteiras, coordenar ajuda humanitária e conduzir o processo de desmilitarização do território.

A autorização vale até o fim de 2027. Países árabes e muçulmanos que sinalizaram interesse em enviar tropas consideravam essencial ter respaldo do Conselho de Segurança.

Caminho para um Estado palestino

Após intensas negociações, o governo norte-americano aceitou reforçar no texto o compromisso com a autodeterminação palestina, um ponto exigido por países árabes.

A versão final afirma que, após reformas na Autoridade Palestina e avanços na reconstrução de Gaza, “as condições poderão finalmente estar reunidas para um caminho crível rumo à criação de um Estado palestino”.

A inclusão desagradou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se disse contrário a qualquer iniciativa que avance nessa direção.

Conselho de Paz

O plano, de 20 pontos, prevê a criação de um Conselho de Paz, ainda a ser estabelecido, como autoridade de transição – órgão que poderia ser presidido pelo próprio republicano. A resolução concede à força de estabilização um amplo mandato, incluindo o uso de “todas as medidas necessárias” para cumprir suas funções, linguagem que permite operações militares.

As tropas internacionais deverão atuar em conjunto com uma força policial palestina treinada por elas e coordenar ações com Egito e Israel, países vizinhos.

Conforme a força for assumindo o controle do território, as forças israelenses deverão se retirar de Gaza, seguindo padrões e prazos vinculados ao progresso da desmilitarização.

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