
Em julho de 2024, o Bahia oficializou a maior contratação de sua história ao desembolsar 11 milhões de dólares (R$ 65,3 milhões à época) para tirar Lucho Rodríguez do Liverpool-URU. O investimento gerou grande expectativa e colocou o uruguaio no centro das atenções como a aposta do clube para se consolidar entre os protagonistas do futebol brasileiro.
Agora, um pouco mais de um ano depois, o Bahia protagoniza a maior venda do futebol nordestino com este mesmo jogador. A trajetória no Bahia chega ao fim com a oficialização de uma negociação histórica.
O Neom, da Arábia Saudita, acertou a contratação de Lucho por 22 milhões de euros (R$ 139,3 milhões). Do total, 20 milhões de euros (R$ 126 milhões) serão pagos à vista, e mais 2 milhões de euros (R$ 12,6 milhões) estão atrelados a metas de produtividade. O clube seguirá com 25% dos direitos econômicos em caso de transferência futura.
Trajetória marcada por altos e baixos
A adaptação foi gradual, mas Lucho logo mostrou poder de decisão. Em sua terceira partida, marcou o gol da vitória sobre o Botafogo na Copa do Brasil. No Brasileirão de 2024, encerrou a temporada com 7 gols em 22 partidas, terminando como o atacante com melhor média do elenco. O balanço do primeiro semestre, vestindo a camisa tricolor, somou 11 gols em 25 jogos.
O ano seguinte começou com números ainda mais promissores. Lucho marcou um hat-trick contra o Colo Colo-BA, no Campeonato Baiano, e chegou rapidamente à artilharia do time. Em 12 jogos como titular, somou 12 gols, sendo peça central nas conquistas do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste.
O maior jejum da carreira
A euforia deu lugar à cobrança quando o atacante enfrentou o pior momento da carreira. Entre março e junho de 2025, passou 18 partidas sem marcar, acumulando 91 dias de seca. O alto investimento e a queda de rendimento geraram críticas da torcida, mas, ainda assim, Lucho foi convocado para defender a seleção uruguaia.
A recuperação veio em julho, quando encerrou o jejum com um gol contra o Juventude, no Brasileirão. A volta ao protagonismo coincidiu com gols importantes na Copa do Brasil, incluindo dois contra o Retrô-PE nas oitavas de final. A busca por um analista de desempenho particular ajudou a ajustar seu posicionamento e devolver a confiança. No fim de julho, já havia alcançado 10 gols na temporada, sua melhor marca em um único ano.
Números pelo Bahia
Até 8 de setembro de 2025, Lucho Rodríguez acumulava cerca de 36 partidas pelo clube em 2025, com 8 gols e ao menos 2 assistências, além de títulos estaduais e regionais. Desde sua chegada, soma mais de 60 jogos com cerca de 19 gols pelo Tricolor.
Venda recorde
A trajetória do Lucho no Bahia chega ao fim com a oficialização de uma negociação histórica. O Neom, da Arábia Saudita, acertou a contratação de Lucho por 22 milhões de euros (R$ 139,3 milhões). Do total, 20 milhões de euros (R$ 126 milhões) serão pagos à vista, e mais 2 milhões de euros (R$ 12,6 milhões) estão atrelados a metas de produtividade.
O valor representa mais que o dobro do investimento inicial do Bahia. Como detentor de 30% da mais-valia, o Liverpool-URU terá direito a R$ 18,3 milhões, calculados sobre a diferença de R$ 61,3 milhões entre compra e venda.
O negócio consolida a saída de Lucho como a maior venda da história do futebol nordestino e uma das mais expressivas do Brasil em 2025. O ranking das principais negociações do Nordeste também inclui uma transação do Sport, duas do Fortaleza e outra do próprio Bahia.
–Luciano Rodríguez (Bahia → Neom): R$ 139,3 milhões
–Pedro Lima (Sport → Wolverhampton): R$ 61 milhões
–Hércules (Fortaleza → Fluminense): R$ 29 milhões
–Jhoanner Chávez (Bahia → Lens): R$ 25,7 milhões
–Moisés (Fortaleza → Cruz Azul): R$ 24,5 milhões