Lula vai a reunião com países amazônios para defender fundo proposto pelo Brasil
Fundo ‘Florestas tropicais para sempre’ deve ser apresentado na COP30, marcada para novembro, em Belém

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da 5ª cúpula de presidentes da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), em Bogotá, na Colômbia.
O grupo é formado pelos oito países sul-americanos que compartilham a Amazônia – Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Além de Lula, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, está confirmado no evento. Os demais países devem enviar representantes.
A expectativa é de que a reunião gere dois documentos principais: uma declaração conjunta e um comunicado de apoio ao TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês), fundo internacional idealizado pelo Brasil para financiar a preservação de florestas tropicais.
O TFFF deve ser apresentado na COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), que ocorre em novembro, em Belém (PA). Com o comunicado conjunto, Lula espera reforçar o apoio político da região à iniciativa.
Cronograma
A agenda desta sexta começa pela manhã, com encontro dos chefes de Estado e representantes da região com a sociedade civil. Em seguida, os líderes têm uma reunião privada, seguida de almoço e da adoção da Declaração de Bogotá.
Segundo o governo brasileiro, a presença de Lula reafirma o compromisso do Brasil em fortalecer a OTCA e avançar na nova agenda estratégica para a Amazônia.
Documentos conjuntos
A previsão é de que a Declaração de Bogotá, principal resultado do encontro, registre os consensos regionais em torno dos resultados esperados da COP30, com ênfase no combate à mudança climática. Além disso, o texto deve fazer um balanço das ações implementadas desde a Cúpula de Belém, em 2023.
Paralelamente, será apresentado um comunicado conjunto de apoio à proposta brasileira do TFFF, mecanismo considerado inovador para financiar a preservação das florestas tropicais.
A expectativa do governo brasileiro é de que o fundo mobilize até US$ 125 bilhões, que serão investidos em um portfólio diversificado. A ideia é gerar renda suficiente para sustentar os chamados “dividendos florestais”, ou seja, pagamentos regulares aos países que comprovarem a conservação de suas florestas.