
A ONU declarou oficialmente nesta sexta-feira um cenário de fome em Gaza, o primeiro a afetar o Oriente Médio, depois que seus especialistas alertaram que 500.000 pessoas estavam em uma situação “catastrófica”.
Após meses de advertências sobre a fome no território devastado pela guerra, a Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), órgão da ONU com sede em Roma, confirmou que uma fome está em curso em Gaza e que deve afetar as áreas de Deir al Balah e Khan Yunis até o final de setembro.
Israel critica relatório
“Não há fome em Gaza”, afirmou nesta sexta-feira o governo de Israel, que rejeitou de maneira categórica um relatório internacional que expressa uma conclusão contrária, além de apresentar o estudo como parcial e baseado “nas mentiras do Hamas”.
“O IPC (Classificação Integrada de Segurança Alimentar) acaba de publicar um relatório fabricado ‘sob medida’ para a falsa campanha do Hamas”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado.
A nota acusa o IPC de ter “desviado de suas próprias regras e ignorado seus próprios critérios”, antes de acrescentar que “todo (o relatório) é baseado nas mentiras do Hamas”, divulgadas por “organizações com interesses particulares”.