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Cidades que sustentam o agronegócio brasileiro: veja quem mais produz e fatura no campo

Novo ranking revela quais municípios concentram as maiores produções agrícolas do país e movimentam bilhões de reais por ano

O agronegócio brasileiro segue em expansão e agora tem números atualizados para comprovar sua força regional. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, com base na pesquisa anual do IBGE, o ranking das 100 cidades líderes no setor aponta domínio absoluto de municípios do Centro-Oeste e um crescimento expressivo na produção de grãos e fibras em todo o país.

Entre as mais de 5.500 cidades avaliadas, destacam-se Sorriso, Campo Novo do Parecis e Sapezal, no Mato Grosso, além de Rio Verde, em Goiás, e São Desidério, na Bahia. Essas cidades concentram áreas gigantescas de plantio e lideram a produção de soja, milho e algodão, sustentando boa parte do faturamento nacional no campo.

Centro-Oeste domina o agronegócio brasileiro

De acordo com o levantamento, os municípios que lideram o agronegócio brasileiro são responsáveis por 263,8 milhões de toneladas de produção agrícola, em uma área de 90,4 milhões de hectares. Só as 100 cidades mais poderosas respondem por 34% da área cultivada nacional e movimentam R$ 288 bilhões, ou mais de um terço do valor total das lavouras brasileiras.

O Mato Grosso lidera com folga, colocando 41 municípios na lista. Goiás aparece com 14, seguido por Mato Grosso do Sul (11), Minas Gerais (11) e a Bahia (7). O Distrito Federal também entra na conta, com destaque para Brasília e regiões próximas.

Esses municípios vêm quebrando recordes consecutivos de produtividade. O exemplo mais emblemático é Sorriso (MT), considerada a capital da soja e referência mundial em agricultura mecanizada de alta escala.

Trigo e sorgo crescem e reforçam a diversificação

Além da tríade soja, milho e algodão, outros cultivos ganham espaço no agronegócio brasileiro. Em 2023, a colheita de trigo alcançou 10,8 milhões de toneladas, com alta de 7,1%. Já o sorgo, importante para ração animal, cresceu 34,4%, totalizando 3,8 milhões de toneladas.

Esses números mostram a crescente diversificação da agricultura nacional, fator estratégico para reduzir a dependência de poucos produtos e proteger o setor contra oscilações de preço e clima.

Expansão recorde exige atenção à sustentabilidade

O crescimento expressivo do agronegócio brasileiro também levanta alertas. A concentração regional de investimentos e a expansão acelerada sobre novas áreas podem trazer desafios ambientais e ampliar desigualdades entre as regiões.

Apesar do protagonismo do Centro-Oeste, Sul e Nordeste têm pouca representação no ranking das 100 cidades líderes, indicando desequilíbrios estruturais na distribuição de recursos e infraestrutura agrícola.

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