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Comissão de Minas e Energia rejeita projeto que proibia novos blocos de petróleo na Amazônia

Parecer da CME derruba proposta que visava barrar a exploração na Margem Equatorial e em outras áreas sensíveis da Amazônia Legal; relator alegou risco à segurança energética e impacto na economia nacional.

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça-feira (15), o Projeto de Lei nº 1.725/2025, que pretendia proibir a oferta de novos blocos de exploração de petróleo e gás natural em diversas províncias geológicas da Amazônia, como a Foz do Amazonas, Solimões, Acre, Amapá, entre outras.

O parecer foi assinado pelo relator deputado Sidney Leite (PSD-AM), que argumentou que a proposta “rompe o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico” e poderia comprometer a segurança energética nacional.

“A proposta traz impactos negativos severos ao desenvolvimento sustentável do país e ameaça as oportunidades econômicas da Região Norte, especialmente do Amapá e do Amazonas”, afirmou o relator.

O que dizia o projeto

O PL, de autoria do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e outros parlamentares, previa:

  • Proibição da oferta de blocos exploratórios em regiões da Amazônia, tanto em terra quanto no mar;
  • Obrigação de recuperação ambiental nas áreas já exploradas;
  • Criação de um Fundo Nacional de Transição Energética para a Amazônia, financiado por compensações ambientais, royalties e aportes internacionais.

Projeções econômicas citadas

O relator destacou dados da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), apontando que:

“Entre 2023 e 2032, o setor pode gerar até R$ 4 trilhões em acréscimo ao PIB, R$ 792 bilhões em salários e R$ 487 bilhões em impostos”

Além disso, a Margem Equatorial é vista como uma das últimas fronteiras de exploração de petróleo no Brasil, com potencial estratégico para o Amapá, inclusive em sua capacidade de atrair investimentos e empregos.

Proposta segue tramitando

Apesar da rejeição na CME, o projeto ainda passará por outras comissões da Câmara, como:

  • Comissão da Amazônia e dos Povos Originários,
  • Comissão de Meio Ambiente,
  • Comissão de Finanças e Tributação e Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Debate entre energia e meio ambiente

O projeto foi apresentado por setores ligados à preservação ambiental e povos tradicionais, mas sofreu forte resistência da bancada da Amazônia e de parlamentares que defendem o uso da Margem Equatorial como vetor de desenvolvimento.

“Não podemos abrir mão de nosso potencial energético sem antes assegurar segurança jurídica e social à região”, concluiu Sidney Leite.

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