Banner principalPolítica Nacional

Quem são os ‘super-ricos’ no alvo do governo Lula na reforma do Imposto de Renda?

A taxação sobre grandes fortunas e altas rendas não é novidade no mundo. Países como França, Alemanha e Argentina já adotam sistemas semelhantes

O projeto de reforma do Imposto de Renda, que tramita no Congresso Nacional, prevê duas mudanças principais: a isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a taxação progressiva para os super-ricos.

No texto da reforma do Imposto de Renda, são considerados super-ricos aqueles com renda anual acima de R$ 600 mil – ou R$ 50 mil mensais.

A proposta estabelece alíquotas que começam próximas de zero e sobem gradualmente, chegando a 10% para rendas acima de R$ 100 mil por mês.

Segundo o governo, com a mudança, 141 mil contribuintes seriam impactados, um grupo que, atualmente, paga proporcionalmente menos impostos do que trabalhadores de classe média.

Diferentemente de polêmicas anteriores – como a normativa da Receita Federal para ampliar a fiscalização do Pix, que acabou revertida após pressão nas redes –, a proposta de taxação dos super-ricos tem sido bem recebida pela população.

Parlamentares e membros do executivo que apoiam Lula têm feito referências populares e, em um movimento mais recente, têm usado personagens da novela Vale Tudo, sucesso em memes pelas redes sociais, para defender o que classificam como ‘justiça tributária’.

O panorama mostra a primeira vez do atual governo em que os governistas tem conseguido mobilizar as redes a seu favor.

A taxação sobre grandes fortunas e altas rendas não é novidade no mundo. Países como França, Alemanha e Argentina já adotam sistemas semelhantes. Nos EUA, o presidente Joe Biden propôs aumentar impostos para milionários, enquanto na América Latina, o Chile e a Colômbia discutem medidas parecidas.

No Brasil, a discussão reacende o debate sobre desigualdade: enquanto os 10% mais ricos concentram quase 60% da renda nacional, a carga tributária ainda recai majoritariamente sobre consumo e salários, e não sobre patrimônio e dividendos.

A proposta ainda precisa ser aprovada no Congresso, onde enfrenta resistência de setores empresariais e da oposição. Críticos argumentam que a medida pode desestimular investimentos, enquanto defensores afirmam que ela corrige distorções históricas.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo