Chevrolet Opala: o sedã nacional que virou lenda
“Geração sobre rodas” revela como os modelos mais icônicos do Brasil evoluíram ao longo dos anos

Primeiro carro de passeio da Chevrolet fabricado no Brasil, o Opala se consolidou como símbolo de status, robustez e versatilidade por mais de duas décadas de produção nacional, entre 1968 e 1992.
1ª Geração (1968–1980) | A estreia de um clássico nacional
Apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo em 1968, o Opala foi o marco inaugural da GM no segmento de veículos de passeio no Brasil.
Até então, a Chevrolet atuava apenas com picapes e utilitários. Lançado inicialmente como sedã de quatro portas, o modelo comportava seis ocupantes – três no banco dianteiro e três no traseiro.
A gama se expandiu rapidamente. Em 1971, a fabricante lançou a carroceria cupê de duas portas e a versão esportiva SS, equipada com motor de 4,1 litros, faixas decorativas e volante esportivo de três raios.
Com essas versões, o Opala passou a dialogar com um público mais jovem e entusiasta.
A reestilização de 1975 trouxe a introdução da Caravan, perua de duas portas baseada no Opala.

Naquele mesmo ano, a versão Comodoro substituiu a Gran Luxo como topo de linha, com acabamento refinado, teto em vinil e detalhes internos em jacarandá.

A configuração SS, por sua vez, se tornava um dos modelos mais desejados da década, mesclando desempenho com o porte do sedã.
Pontos positivos
- Varieade de versões e motores
- Visual marcante e imponente
- Conforto superior ao padrão da época
Pontos negativos
- Consumo elevado nas versões de seis cilindros
- Direção pouco precisa em alta velocidade
- Ergonomia limitada
2ª Geração (1980–1992) | Requinte, evolução e despedida
Em 1980, o Opala passou por uma transformação significativa. Abandonando as linhas arredondadas da geração anterior, o novo visual adotou traços retos, faróis quadrados e um interior mais moderno.
A nova identidade visual refletia o gosto dos anos 80 e se aplicava tanto ao sedã quanto à Caravan. Foi nessa fase que surgiu o Diplomata, nova versão topo de linha que elevou o padrão de conforto do modelo.

Ar-condicionado, direção hidráulica, interior em curvim e detalhes cromados tornaram-se itens comuns.
Em 1985, a Caravan também recebeu a configuração Diplomata, com faróis auxiliares e acabamento refinado.
Mesmo com o avanço da concorrência e os anos pesando sobre a plataforma, o Opala manteve relevância como carro oficial de órgãos públicos e viatura policial, devido à sua robustez e desempenho.
Em 1988, um novo facelift trouxe faróis trapezoidais, painel entre as lanternas traseiras e novos nomes para as versões: SL (entrada), Comodoro SL/E (intermediária) e Diplomata SE (topo).