HU-Unifap realizará o 1º Encontro da Visibilidade LGBTQIA+

Evento busca melhorar a inclusão nos serviços de saúde, garantindo atendimento igualitário

Há 2 segundosÚltima Atualização 26 de junho de 2025

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizará, na sexta-feira (27), o primeiro encontro da visibilidade para lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexo, assexuais, e outras identidades de gênero e orientações sexuais (LGBTQIA+).

O objetivo do evento é aproximar o HU-Unifap da comunidade LGBTQIA+, por meio da discussão sobre as trajetórias e desafios da população queer no acesso à saúde, tendo a própria população como voz ativa na discussão.

Para a enfermeira e coordenadora do Ambulatório Trans do HU-Unifap, Ezra Oliveira, o encontro é uma das formas de iniciar a correção do problema da exclusão de pessoas LGBQIA+ dos serviços de saúde.

“Assim, podemos caminhar para o fortalecimento da adesão dessa comunidade à assistência em saúde, além de fomentar a discussão e o conhecimento dos determinantes sociais da saúde relacionados a gênero e sexualidade no HU-Unifap”, frisou.

O encontro permite acolhimento, respeito, inclusão, visibilidade, promoção do pertencimento, fortalecimento da identidade individual e coletiva, desconstruindo estereótipos e preconceitos enraizados na sociedade. É um momento que estimula diálogos e conexões reais com a sociedade e a comunidade LGBT+.

De acordo com a psicóloga Anie Macelly Barros, a ação promove a construção de redes de apoio e ressignificação da identidade, funcionando como um fator protetivo dentro da comunidade diante dos impactos ocasionados pelo preconceito ainda existente.

“Os principais desafios psicológicos decorrem da LGBTfobia estrutural e do estigma internalizado, que podem incluir violência verbal, física e psicológica, isolamento social, fobia social, depressão, ansiedade entre outros”, ressaltou.

A visibilidade e o apoio comunitário têm potencialidade de fortalecer a autoestima ao promover um senso de pertencimento e combater o isolamento. Esses elementos funcionam como fatores que favorecem a construção da resiliência frente aos impactos da discriminação e do estigma social.