Mundo

EUA atacam Houthis no Iêmen, matam 58 e destroem porto de petróleo

O ataque teria deixado pelo menos 58 mortos, a maioria trabalhadores do porto, e mais de 100 feridos, de acordo com um balanço divulgado

As forças americanas atacaram e destruíram o porto estratégico de escoamento de petróleo de Ras Isa, no norte de Hodeidah, no Iêmen, nessa quinta-feira (17). Segundo os Estados Unidos, o local é uma importante fonte de financiamento de parte das ações dos rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, que controlam uma grande área do país, incluindo a capital, Sanaa.

O ataque teria deixado pelo menos 58 mortos, a maioria trabalhadores do porto, e mais de 100 feridos, de acordo com um balanço divulgado nesta sexta-feira (18/4) pelo canal de TV Al-Masirah, que pertence aos houthis. Os rebeldes se tornaram alvo dos EUA após ataques a navios que passavam pelo Mar Vermelho, em novembro de 2023, o que levou à interrupção do tráfego marítimo internacional.

Imagens transmitidas na sexta-feira pelo canal e anunciadas como as “primeiras imagens da agressão dos EUA” mostram a explosão no porto e nuvens de fumaça.

“Equipes de resgate da defesa civil, acompanhadas de ambulâncias, estão fazendo todos os esforços para procurar e retirar as vítimas e acabar com o fogo”, disse Anees Alasbahi, porta-voz do Ministério da Saúde dos houthis.

Manifestações em protesto aos ataques dos EUA e em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza estão sendo planejadas pelos rebeldes para esta sexta-feira no Iêmen. O grupo xiita controla grande áreas do país, situado na Península Arábica, e que está em guerra civil desde 2014. O conflito já matou centenas de milhares de pessoas.

O movimento islâmico palestino Hamas denunciou nesta sexta-feira “uma agressão flagrante” após ataques dos EUA ao porto Ras Isa.

“Esta agressão flagrante constitui uma clara violação da soberania do Iêmen, um crime de guerra comprovado e confirma a continuação de políticas americanas agressivas visando povos livres que rejeitam a hegemonia sionista e americana na região”, disse o movimento radical palestino em um comunicado.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo