Saúde

Protetor solar do dia a dia deve ser diferente do usado na praia?

Uso é essencial para proteger a pele dos danos causados pelos raios ultravioletas; Médicas contam como escolher o produto

O protetor solar é um item indispensável na rotina de cuidados com a pele. O produto protege contra os danos causados pelos raios ultravioletas, como o envelhecimento precoce e o câncer de pele.

Durante as férias, quando muitas pessoas aproveitam para curtir os dias na praia ou em atividades ao ar livre, o uso do bloqueador se torna ainda mais necessário. Mas será que o protetor usado na praia deve ser diferente do escolhido para o dia a dia?

A dermatologista Flávia Brasileiro destaca que, embora todos os produtos tenham grau de proteção confiável, algumas características devem ser levadas em conta no momento da compra.

“A escolha do FPS deve levar em consideração o estado da pele de cada indivíduo. Fatores como o tom e o tipo de pele, presença de doenças fotossensíveis – como lúpus eritematoso e até o melasma – influenciam essa decisão”, explica a especialista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Quando se trata de proteção na praia, a médica enfatiza a importância de optar por produtos com FPS 50 ou superior. Flávia acrescenta que, embora a diferença de proteção UVB entre filtros solares com FPS 30, 50 ou 70 seja pequena, ela pode ser decisiva na prevenção de queimaduras solares durante exposições prolongadas. Além disso, o maior FPS oferece proteção adicional contra o espectro UVA.

“A escolha do protetor solar deve considerar não apenas o FPS, mas também a proteção UVA e a presença de ativos antioxidantes, que ajudam a neutralizar os danos causados pela luz vermelha e pelo infravermelho, ampliando os benefícios da fotoproteção”, detalha.

A médica destaca também a forma de aplicação do produto. Estudos mostram que o brasileiro aplica menos protetor do que a quantidade recomendada, o que reduz a eficácia do FPS indicado no rótulo. “Por isso, filtros solares com FPS mais alto são mais indicados para pessoas com pele sensível ou que ficam mais tempo expostas ao sol”, diz.

A dermatologista Amália Coutinho, que atua em Brasília, recomenda que os indivíduos que já utilizam um protetor de FPS 30 no cotidiano aumentem o fator ao ir à praia. “É quando ficamos mais expostos ao sol, por períodos mais longos”, aponta.

Como escolher um bom protetor solar?

De acordo com a dermatologista Flávia Brasileiro, é fundamental que o produto ofereça proteção contra os raios UVA, indicada no rótulo como “amplo espectro”. Esta característica é essencial para prevenir o fotoenvelhecimento e reduzir os riscos de câncer de pele.

A médica também destaca a importância de protetores com antioxidantes. Eles ajudam a combater a inflamação causada pela radiação solar, minimizando o estresse oxidativo e protegendo o colágeno da pele.

Além disso, a presença de tecnologias que dissipam o calor – como as que protegem da radiação infravermelha (IV) – pode evitar o aumento da flacidez e a degradação do colágeno.

Outro aspecto essencial é a apresentação do produto. “Protetores em creme são ideais para pele seca ou sensível, pois hidratam e oferecem maior uniformidade na aplicação. Já os em gel ou fluido são mais indicados para pele oleosa, pois têm toque seco e boa absorção”, explica Flávia.

Os protetores solares devem ser resistentes à água e ao suor, já que atividades ao ar livre e o contato com a água podem reduzir a eficácia do produto.

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