Política Nacional

 “A tropa não tinha comando”, diz deputado que vivenciou o 8 de janeiro

Aliel Machado foi o primeiro parlamentar a testemunhar os atos de 8 de janeiro, e relata a falta de coordenação das forças de segurança

Quando começaram os ataques às sedes dos três poderes da República em 8 de janeiro de 2023, a maior parte dos parlamentares do Congresso Nacional se encontrava afastada da capital.

Concluída a cerimônia de posse presidencial, deputados e senadores retornaram às suas bases para utilizar as últimas semanas do recesso legislativo. Aliel Machado (PV-PR), porém, estava em Brasília, e acompanhou de perto as operações policiais de reocupação dos prédios públicos pelas forças policiais.

“Eu estava com a família em Brasília. Comecei a ver a movimentação pela imprensa e pelas redes sociais. Eu sabia que havia a previsão de acontecer um protesto, mas a partir de certo ponto ficou claro que não era mais uma manifestação mas sim uma tentativa de tomada à força do poder”, narra o parlamentar, que imediatamente foi até o Congresso Nacional averiguar de perto a situação.

A possibilidade de ação violenta dos manifestantes de 8 de janeiro não era totalmente inesperada. No dia 12 do mês anterior, partindo do acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército, os mesmos ativistas tentaram invadir a sede da Polícia Federal e iniciaram uma onda de vandalismo no Setor Hoteleiro Norte, próximo ao centro de Brasília.

No fim do mês, um grupo de acampados tentou explodir uma bomba no aeroporto da capital. Na época, Aliel chegou a oficiar a Procuradoria-Geral da República pedindo a investigação sobre as ações que aconteciam no acampamento.

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