Grupo Senzalas se apresenta ao público em grande show “Encontro dos Tambores”
Edição misturou música e poesia no Largo dos Inocentes, em Macapá.

O Largo dos Inocentes, também chamado de “Formigueiro”, região tradicional e histórica do Centro de Macapá, onde ocorrem celebrações culturais amapaenses, recebeu mais uma vez nesta sexta-feira, 8, o show Encontro dos Tambores, do Grupo Senzalas. A apresentação, que recebeu o apoio do Governo do Amapá, trouxe emoção, repertório conhecido do público e muito marabaixo.
O grupo, formado por Val Milhomem, Joãozinho Gomes e Amadeu Cavalcante, homenageou cantores e sucessos nortistas, com músicas como “São Benedito Bendito”, de Patrícia Bastos, e “Flor Negra”, do paraense Nilson Chaves.
“Para nós é sempre um momento de muita alegria estar em contato com nosso público, com nosso povo e cantar sobre o nosso estado. É para eles que fazemos tudo isso”, disse o cantor e compositor, Joãozinho Gomes.
Em “Jeito Tucuju”, um dos hinos atemporais escrito por Gomes e Milhomem, o público cantou em coro trechos como “quem avistar o Amazonas nesse momento, e souber transbordar de tanto amor, esse terá entendido o jeito de ser do povo daqui”, arrancando palmas dos próprios artistas.
Em outro sucesso nortista, o grupo Senzalas cantou “Mão de Couro”, de Emília Monteiro. O refrão “Natalina falou: gengibirra não é mole, não”, foi cantado e celebrado pela multidão enquanto uma roda de dança calorosa de marabaixo se formou na frente do palco. Saias longas e se movendo ritmicamente com a música se transformaram em um espetáculo.
Integrante do grupo Senzalas, Amadeu Cavalcante, também reforçou o poder da celebração da cultura amapaense. “São famílias que estão vindo para o Formigueiro, são crianças, jovens e idosos que vem participar desse projeto que celebra o nosso jeito de ser, o nosso jeito tucuju”, disse Cavalcante.
- Grupo Senzalas e Tambores do Meio do Mundo
Senzalas é um grupo musical formado em 1997 pelos amapaenses Amadeu Cavalcante, Val Milhomem e Zé Miguel e o paraense Joãozinho Gomes, como uma expressão da cultura e da identidade amapaense e amazônica.
A partir de bases rítmicas do marabaixo e do batuque, o grupo criou sua musicalidade própria e vem criando experimentos e possibilidades, produzindo fusões inventivas com o reggae, o zouk, o funk e o carimbó.
Como criador e difusor de música popular do norte do Brasil, o Senzalas tem dado uma contribuição importante para firmar a cultura da Amazônia no cenário da nova música brasileira. O show já foi apresentado até mesmo fora do Amapá, para públicos no Rio de Janeiro, São Paulo, Alemanha e Guiana Francesa.