
O trabalho ostensivo e preventivo durante a Operação Shamar, que combate a violência contra a mulher e o feminicídio, levou a mais de 460 atendimentos para vítimas no Amapá. A atuação de agentes de segurança nos 16 municípios do estado resultou na apreensão de armas de fogo e munições, prisões em flagrante e por cumprimento de mandados, além da expedição de várias Medidas Protetivas de Urgência.
Deflagrada em agosto, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a operação é uma iniciativa nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com os governos estaduais.
No Amapá, a ação foi coordenada pela Delegacia de Crimes Contra Mulher (DCCM), em conjunto com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM), Poder Judiciário, Guarda Municipal de Macapá e órgãos municipais das cidades alcançadas pela operação.
Além do policiamento ostensivo, a Operação Shamar levou serviços educativos e preventivos, como blitze sobre as formas de denunciar e informações da rede de apoio e proteção, e palestras, atingindo milhares de mulheres e homens com o objetivo de multiplicar o conhecimento.
A ação, que durou 25 dias, apresentou os seguintes resultados:
-Mais de 460 boletins de ocorrências registrados pela Polícia Civil;
-Mais de 380 solicitações de Medidas Protetivas de Urgência;
-Instauração de 28 inquéritos policiais, destes 18 já foram concluídos;
-461 denúncias verificadas e apuradas, tendo em todas, vítimas atendidas;
-Apreensão de 10 armas de fogo e 40 munições;
-19 prisões em flagrante, 8 por cumperimento de mandado de prisão e 3 cumprimentos de busca e apreensão;
-29 ações de panfletagem, palestras e orientações.
A coordenadora da operação e titular da DCCM de Macapá, delegada Marina Guimarães, enfatiza que, além da conscientização da sociedade em geral, várias mulheres criaram coragem para denunciar e acabar com o ciclo da violência doméstica em que viviam.

“Essa operação trouxe resultados bastante relevantes. Observamos o fortalecimento da mulher que buscou registrar os boletins de ocorrência. E essa foi a proposta do Governo do Estado e do Governo Federal, combater e prevenir a violência contra o público feminino, além de encorajar a denunciar o agressor”, frisou a delegada.



